A histórica marca italiana, que em Portugal é representada pelo grupo Multimoto, esperou pelo Salão de Milão EICMA para mostrar ao mundo das duas rodas aquela que é a sua mais recente proposta para o segmento das superdesportivas. A nova Bimota KB998 Rimini nasce do trabalho dos especialistas italianos que transformam profundamente a Kawasaki Ninja ZX-10RR.
A Bimota KB998 Rimini nasce com o claro objetivo de conquistar os melhores resultados nos grandes palcos mundiais reservados às motos de produção, nomeadamente o Mundial Superbike. É, por isso, uma moto especial de homologação.
De facto, a marca italiana terá de cumprir com os regulamentos da competição que definem que até final de 2026 terão de ter sido fabricadas 500 unidades.
Nesse sentido, e para garantir que tudo está de acordo com os regulamentos, a casa italiana já confirmou durante a EICMA que até final de fevereiro de 2025 já terão sido produzidas 125 unidades, até final de 2025 outras 125 unidades, e por fim chegando a final de 2026 teremos então o total de 500 unidades da KB998 Rimini produzidas.
A versão de estrada da superdesportiva italiana é, basicamente, uma derivação da versão de competição que a equipa BbKRT – Bimota by Kawasaki Racing Team estreou nos recentes testes de final de temporada do Mundial Superbike.
Diga-se que essa estreia da KB998 Rimini em circuito pelas mãos de Axel Bassani e Alex Lowes correu de forma muito positiva, com os dois pilotos a apresentarem tempos muito competitivos logo desde a primeira saída à pista com a nova moto.
Em termos técnicos, a Bimota parte da base definida pela Kawasaki com a Ninja ZX-10RR.
Em termos de design as semelhanças são evidentes entre as duas motos, embora no caso da KB998 Rimini seja possível perceber que os engenheiros redefiniram de forma mais detalhada o pacote aerodinâmico.
Adicionaram para esse efeito um conjunto de asas na dianteira que sobressaem da carenagem frontal de forma mais contundente, ao contrário do que vemos na carenagem frontal da Ninja ZX-10RR, bastante mais discreta neste particular.
O motor é o conhecido quatro cilindros em linha há muito utilizado pela Kawasaki na sua superdesportiva topo de gama. Mantém os 998 cc (aliás, é da cilindrada que a Bimota aproveita para se inspirar para o nome do modelo), e de acordo com as informações oficiais disponibiliza uma potência de 200 cv às 13.600 rpm enquanto o binário máximo é de 111 Nm às 11.700 rpm.
Do ponto de vista da ciclística encontramos novamente importantes modificações em comparação com a moto que serviu de base a este projeto especial de homologação.
Assim, o quadro adota uma configuração que replica uma tipologia dupla trave, mas que neste caso inclui tubos de secção oval que servem de traves e forma uma estrutura tipo treliça, aos quais são adicionadas placas laterais maquinadas, de reforço estrutural, e que são fabricadas a partir de um bloco sólido de alumínio.
Com esta solução exótica a Bimota KB998 Rimini conseguirá atingir um nível considerado pela marca como sendo ótimo em termos de rigidez e resistência torsional, mas também de leveza.
Por falar em estruturas fundamentais para o comportamento da moto, convém destacar que a versão de estrada mantém a configuração de competição do braço oscilante, com um desenho inspirado nas motos de competição, também ele fabricado em alumínio, e maquinado a partir de um bloco sólido. Uma obra de arte por si só!
A Bimota, claro, permitirá ao proprietário e condutor da KB998 Rimini definir diferentes geometrias de ciclística. Isto porque a coluna de direção é ajustável, tal como o ponto de fixação do braço oscilante.
Soluções técnicas pouco habituais numa moto de estrada e que revelam todo o “know-how” que os especialistas italianos conseguiram ‘amealhar’ ao longo dos anos a competir e produzir motos especiais.
Os ajustes da coluna de direção e pivot do braço oscilante são realizados através de excêntricos.
As suspensões ficam a cargo de componentes Showa, com afinações específicas para esta moto, enquanto na travagem podemos destacar o uso de pinças Brembo Stylema monobloco no eixo dianteiro que mordem discos de 330 mm de diâmetro.
As jantes que montam os pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP V4 são fornecidas pela Marchesini, sendo forjadas em alumínio para garantir rigidez e leveza, contribuindo assim para um comportamento dinâmico de uma superdesportiva puro-sangue.
Outros pontos em destaque nesta KB998 Rimini são o sistema de escape que termina numa ponteira Akrapovic em titânio, carenagens integralmente fabricadas em fibra de carbono, diversas peças maquinadas, painel de instrumentos TFT a cores, amortecedor de direção Öhlins de controlo eletrónico, e, presumimos, pois ainda não foi divulgado oficialmente pela marca, que esta superdesportiva irá usar o mesmo pacote eletrónico (modos de condução e ajudas) da Ninja ZX-10RR.
Ao nível das dimensões, destacamos o assento colocado a 830 mm de altura do solo, os 1.454 mm de distância entre eixos, um depósito de combustível com capacidade para 17 litros de gasolina, ou ainda o peso de 194 kg (com todos os líquidos exceto gasolina).
Por último, e porque numa moto destas o preço a pagar para ter uma na nossa garagem também conta, não foi ainda oficializado o PVP da KB998 Rimini.
É possível antecipar que venha a ser um valor claramente superior ao da Ninja ZX-10RR devido às inúmeras opções exóticas utilizadas pela Bimota. Mas aguardamos pela confirmação oficial do importador.
Galeria de fotos Bimota KB998 Rimini
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