Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos já tem 21 membros!

Começou com quatro e já vai em 21 membros! O Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos está pronto para começar a trabalhar.

Há cerca de um ano, e na sequência da assinatura de uma Carta de Intenção, nasceu o Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos (SBMC) fundado por quatro membros: Honda, KTM, grupo Piaggio e ainda a Yamaha. Agora o SBMC parece estar pronto para o passo seguinte, e para isso viu a sua estrutura crescer com a entrada de 17 novos membros neste projeto.

Agora com um total de 21 membros, o SBMC promete entrar numa nova fase do projeto que visa a promoção do uso generalizado de veículos elétricos leves, como ciclomotores, scooters, motos, triciclos e quadriciclos no contexto das políticas climáticas internacionais, adotando uma gestão mais sustentável das baterias usadas neste tipo de veículos.

A ideia dos fundadores deste Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos e de todos os seus novos membros, será trabalhar no sentido de criar um conjunto de baterias padronizadas e que podem ser utilizadas em motos de fabricantes diferentes.

Dos novos membros que se juntam ao SBMC destacam-se outros fabricantes de motos, mas também outras empresas tecnológicas, e, em particular, empresas que têm vindo a desenvolver estudos sobre condução autónoma.

consórcioAqui fica a lista completa dos membros do Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos

– AVL: empresa austríaca que trabalha na integração dos motores elétricos nos veículos, mas também desenvolve projetos relacionados com sistemas de condução autónoma no setor automóvel;

– Cicklo: empresa sueca que trabalha na tecnologia de baterias removíveis e serviços associados;

– Fivebikes: empresa italiana que fabrica bicicletas elétricas e fornece componentes e bicicletas elétricas a outras marcas. As suas instalações de produção são totalmente autossuficientes;

– Foresee Power: fabricante de baterias de iões de lítio;

– Hioki: fabricantes de componentes para motos elétricas, incluindo centralinas, inversores e motores elétricos;

– Honda: fabricante japonês de motos e automóveis;

– Hyba: fabricante de baterias removíveis e serviços associados;

– Associação Japonesa de Fabricantes Automóveis: associação de empresas japonesas sem fins lucrativos;

– Kawasaki: fabricante japonês de motos;

– KTM: fabricante austríaco de motos;

– Kymco: fabricante de Taiwan de motos;

– Niu: fabricante de scooters elétricas;

– Piaggio: grupo italiano fabricante de motos;

– Polaris: fabricante de produtos “powersport” e off-road;

– Roki: fabricante de sistemas de filtros para automóveis;

– Samsung SDI: fabricante de baterias de iões de lítio e componentes eletrónicos;

– Sinbon: empresa de design e fabrico de sistemas de conectividade automóvel;

– Sumitomo: fabricante de fibra ótica e cablagem elétrica;

– Suzuki: fabricante japonês de motos;

– Swobbee: fabricante de soluções de micromobilidade elétrica, focado em baterias removíveis;

– Vitesco: empresa dedicada ao desenvolvimento de componentes para automóveis elétricos;

– VeNetWork: empresa focada em produtos financeiros. Também é acionista em marcas como a Fantic, Motori Minarelli e Atex Industries, esta última fabricante de conjuntos de baterias elétricas para outras marcas;

– Yamaha: fabricante japonês de motos.

No comunicado em que confirma o alargar do Consórcio com a chegada de novos membros, o SBMC revela também que o objetivo deste projeto é “Encontrar soluções para as preocupações que os clientes possam ter relacionadas com o futuro da eletromobilidade, tais como autonomia, tempos de carregamento, infraestruturas e custos”.

O Consórcio terá como missão não apenas desenvolver e produzir essas soluções para otimizar a transição para uma mobilidade elétrica em duas rodas, como os seus membros vão cooperar com autoridades de cada país para criar uma verdadeira rede de infraestruturas que seja padronizada de forma a permitir que os utilizadores de motos elétricas possam deslocar-se livremente sem preocupações com a carga das baterias.

consórcioAs próprias baterias, na visão do Consórcio de Baterias Intermutáveis de Motos, terão de utilizar especificações comuns, permitindo que possam ser trocadas de uma moto para outra, independentemente do fabricante da moto.

Este é mais um passo num mundo das duas rodas cada vez mais focado nas motos elétricas. Recordamos que ainda recentemente, e tal como a revista MotoJornal aqui lhe contou, a Honda anunciou um plano estratégico para atingir a neutralidade carbónica da sua gama de motos.