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Contacto Bullit Hero 125

Aos poucos, começamos a ver os jovens a ganhar interesse nas motos e modelos como esta Bullit Hero assentam que nem uma luva. A vaidade de chegar à escola de moto volta a estar na moda e de certeza que aquele “puto” da Hero branca, com gráficos estilo pintura Martini é dos mais “cool” e estilosos lá do sítio!

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Texto Domingos Janeiro

 Estilo e Atitude

A imagem vale mais que mil palavras e os homens da Bullit, parecem ter acertado com a receita quando fizeram esta Hero. Na verdade, só agora é que esta scrambler começa a ser vista em maior número entre nós, depois de uma entrada discreta no nosso mercado. Estética simples e actual, com uma mescla de estilos entre scrambler e café racer tão em voga.

A imagem retro é outro dos segredos e os pneus “gordos”, que vestem as jantes de raios douradas dão-lhe um charme único. Uma imagem forte, robusta mas ao mesmo tempo simples. A protecção de cárter, as robustas bainhas invertidas, o silenciador lateral estilo “spark arrestor”, as placas redondas porta-números laterais, o assento plano e com costuras, o pequeno ecrã dianteiro e os pneus largos de piso misto, resultam num dos modelos mais bonitos do mercado. Sem dúvidas!

Simples

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É talvez o adjectivo que melhor define este modelo. A simplicidade do conjunto está alinhada com a postura que muitos jovens demonstram perante a vida! Um dia de cada vez, mas em grande estilo! Por isso é que o cuidado nos detalhes merece tanto destaque, como é o caso dos piscas, muito elegantes e discretos. Discreto é também o painel de instrumentos, dos mais pequenos que podemos encontrar no mercado, totalmente analógico e com informação mínima.

A estética, acima de tudo, bem ao estilo asiático. Mas o que é certo é que funciona e ao longo dos dias que rodamos aos seus comandos, fomos confrontados com perguntas atrás de perguntas, cada vez que parávamos a Bullit perto de alguém. Até por parte de utilizadores de moto mais experimentados! Surpreendeu-nos pela curiosidade que suscitou!

No seu lugar

“Glamour” à parte, temos que ter os pés bem assentes no chão e ter a perfeita noção de que estamos perante um modelo proveniente da Ásia e que pretende ter um preço muito competitivo no mercado, como refletem os 2999€! Não quero com isto dizer que algo funcione mal, que não funciona, mas há detalhes para os quais temos que estar alerta, como alguns parafusos desapertarem, fruto das vibrações do conjunto ou até um retrovisor frouxo.

Um modelo totalmente pensado para uma utilização mais citadina, sem descartar, no entanto, médias deslocações diárias para a cidade, mas aí temos que contar com as vibrações, e um motor que além de equilibrado, acaba por se mostrar curto nesse cenário.

A travagem é repartida, com tacto mediano, mas potente qb. Quando abusamos do travão dianteiro, notamos algum torsão na frente, nas bainhas, estas muito permissivas e sem ajuste. Atrás, o monoamortecedor mostra-se também mole, mas com a possibilidade de afinarmos a pré-carga.

Alta, muito alta

Quando olhamos para a Hero, notamos uma silhueta alta, imponente, mas isso também acaba por não se mostrar muito prático, como, por exemplo, na hora de passar por entre os carros, nas filas de trânsito, uma vez que o guiador fica precisamente à altura dos retrovisores. O conjunto sente-se leve, mas não muito ágil. O assento, plano e com costuras, resulta bonito e elegante, mas acaba por se mostrar duro e o encaixe no depósito de combustível pode ser melhorado.

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A postura de condução é descontraída, mas a altura do assento ao solo é algo elevada (entre 860 mm e 910 mm), que pode ser, de alguma forma, um detalhe intimidatório para os menos experientes ou de estatura mais baixa. Em termos dinâmicos, não transmite grande confiança a curvar, por diversos factores: apresenta um centro de gravidade alto, pneus cardados demasiado “quadrados” e suspensões demasiado moles. Com tempo e quilómetros acumulados, acabamos por ganhar confiança e passamos a curvar de forma mais descontraída e rápida, naturalmente.

Motor cooperante

A dar vida ao conjunto, temos o motor de um cilindro, a 4T, refrigerado por ar, com injecção electrónica e 11,5 cv de potência. A própria estética do motor acaba por se enquadrar muito bem no conjunto, apresentando uma linhas modernas e desportivas. Já no que a prestações diz respeito, caracteriza-se por uma baixa encorpada, recuperações tímidas e acusa as subidas mais ingremes.

A caixa de cinco velocidades acaba por se sentir curta e até nos habituarmos, vamos sempre ao selector à procura de mais uma velocidade. A caixa também não prima pelo tacto e os ruídos mecânicos estão sempre presentes, assim como as vibrações que aumentam de forma proporcional ao aumento da rotação. Em termos de consumo, obtivemos três litros aos 100 km, conseguindo-se baixar ainda um pouco esse valor.

A Bullit Hero já está disponível no mercado nacional pelo preço de 2999€ e em duas cores, a cinzenta e esta branca, estilo pintura Martini!

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