Contacto CF Moto MT 650 Adventure

A imponência nem sempre é uma boa opção, podendo transformar uma viagem de sonho num pesadelo de percurso. A CF Moto MT 650 Adventure simplifica o que não tem de ser complicado, para que se usufrua do destino escolhido em todas as suas dimensões.

Texto Alberto Pires • Fotos Delfina Brochado

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Turismo sem limitações

CF Moto continua a surpreender. Este gigante asiático cedo percebeu que o design é fundamental, apostando assim no estúdio de Gerald Kiska para desenvolver a imagem dos seus produtos, e de que a experiência motociclística só é plena se tecnicamente cumprir com as expetativas, recorrendo por isso à Kayaba, Continental, Bosch e Metzeler para os periféricos, e a um motor muito semelhante ao utilizado pela Kawasaki Versys para dar vida à sua MT 650.

Nesta versão, designada Adventure, complementa-a com a sua interpretação do que é necessário para viajar, tendo como objetivo fazer com o percurso seja tão ou mais importante que o destino. As caraterísticas que transformam a MT 650 na versão Adventure pretendem sobretudo aumentar a sua capacidade de carga, conforto de utilização e proteção na utilização. Esteticamente não sai fragilizada com esta operação. As malas da Shad estão bem encaixadas, a estrutura de proteção em redor da zona inferior quase passa despercebida e o ecrã mais elevado e as derivas laterais ajudam a tornar o conjunto equilibrado, apesar do que lhe foi acrescentado. Mudam-na visualmente de segmento, mas não alteram o seu dinamismo estilístico.

A MT 650 Adv está bem equipada ciclisticamente. As suspensões Kayaba são reguláveis em pré-carga e o curso de 140 mm na frente e 145 mm na traseira garantem conforto e abrangência de utilização. A travagem dianteira, entregue a dois discos de 300 mm e pinças de duplo êmbolo são uma garantia de eficácia, e o ABS é proveniente da Continental. O primeiro contacto é agradável.

A qualidade de acabamentos está a bom nível e as preocupações estéticas presentes num conjunto de detalhes. São muitas as coberturas com textura e as tampas adicionadas cuja única função é esconder do olhar determinada peça ou setor, apenas para que não se interrompa a fluidez do conjunto. A solidez do equipamento também sobressai. As proteções para as mãos são robustas e o ecrã principal é de qualidade, mas são igualmente peças com manifesta preocupação ao nível do design, omnipresente estruturalmente. Com a altura do assento a 840 mm do solo e as malas laterais instaladas temos que coordenar bem o movimento para nos instalarmos, mas as suspensões em seguida afundam o suficiente para nos sentirmos confortáveis quando estamos parados.

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