Contacto Kawasaki Ninja 1000 SX Tourer

Actualmente não há grande procura pelas turísticodesportivas. Porém o segmento está muito bem servido, e a Kawasaki Ninja 1000 SX é um desses exemplos.

O mercado das turístico-desportivas já não é o que era, sendo um dos segmentos que perdeu quota para as grandes trails. Mas não por falta de ofertas apelativas, como é o caso desta Ninja 1000 SX. Chegou ao mercado há quase uma década, e tem vindo a ser apurada e refinada ao longo dos anos. Esta versão de 2020 recebeu mais algumas novidades, e aproxima-se ainda mais da perfeição neste segmento.

Destinada a quem deseja ter à disposição prestações dignas de uma desportiva, mas sem prescindir do conforto para grandes viagens, a Ninja 1000 SX é exemplar em ambas as facetas. Motor cheio, viril e de resposta pronta ao acelerador é muito bem conjugado com uma posição de condução racional e confortável, com uma protecção aerodinâmica melhor do que numa desportiva, mas que não chega a ser a de uma verdadeira turística; é um equilíbrio difícil de alcançar, porque é necessário conjugar características por vezes antagónicas.

Mas o resultado final na Ninja 1000 SX é bastante equilibrado e, independentemente das preferências, é difícil ficar indiferente a uma máquina que acaba por revelar-se tão eficaz para aquilo a que se destina. A estética revista desta nova geração da Ninja 1000 SX esconde muitas outras novidades.

O contacto da Kawasaki Ninja 1000 SX Tourer encontra-se na edição Nº 1486 da Motojornal em https://fast-lane.pt/produto/motojornal-1486/

O motor continua a ser o quatro cilindros em linha de 1043 cc, mas apesar de manter o ‘hardware’, recebeu várias actualizações em termos de electrónica. Passou a contar com acelerador electrónico, o que conjugado com a IMU (unidade de medição inercial), permite o refinamento das várias ajudas à condução, nomeadamente os quatro modos de condução. A SX passou também a estar equipada com cruise control e quick shift. Ao conjunto do controlo de tracção (KTRC – Kawasaki TRaction Control) e do cornering ABS (KIBS – Kawasaki Intelligent anti-lock Brake System) a Kawasaki chama KCMF, ou Kawasaki Cornering Management Function) que, ao utilizar os dados da IMU permite o refinamento do funcionamento destes sistemas electrónicos. O controlo de tracção é ajustável em três modos e pode ser desligado.

Para além dos sistemas electrónicos, o motor sofreu pequenas alterações para diminuir as emissões. Com o ride by wire as borboletas do corpos de injecção passaram a ter controlo electrónico, as árvores de cames foram revistas e os colectores de admissão são diferentes: antes tinham os quatro o mesmo comprimento, enquanto que agora os dois centrais são ligeiramente mais longos que os dois exteriores.

Para além disso foi alterada a configuração do escape: os dois terminais de antes, um de cada lado, deram lugar a apenas um do lado direito; apesar das suas dimensões generosas, não é visualmente intrusivo, especialmente se estiverem montadas as malas laterais – que são de série nesta versão Tourer.

A Kawasaki Ninja 1000 SX é daquelas motos que mesmo parada parece que vai a 200 km/h, graças às suas linhas agora aperfeiçoadas em túnel de vento. A posição de condução é um excelente compromisso adequado às duas facetas da moto japonesa.

O vidro é ajustável sem ferramentas, recorrendo a um manípulo que apertamos com a mão direita, tendo que usar a esquerda para subir ou descer o vidro.

O contacto da Kawasaki Ninja 1000 SX Tourer encontra-se na edição Nº 1486 da Motojornal em https://fast-lane.pt/produto/motojornal-1486/

O assento, quer o do condutor, quer o do passageiro, foram redesenhados. A Ninja 1000 SX Tourer traz os assentos Comfort, que privilegiam o conforto, como o nome indica, adequados a trajectos mais longos. Como opcionais há outros assentos, mais baixos e com diferente material, que retêm menos o calor quando a moto fica estacionada ao sol.

Todos os ajustes à electrónica são facilmente alterados através dos comandos fáceis e intuitivos, com toda a ser mostrada no painel TFT de 4,3 polegadas e cujo aspecto gráfico pode ser alternado entre duas opções.

Apesar de pesar mais cerca de 30 kg que uma desportiva de um litro, o ADN Ninja significa também que é uma moto ágil, enfrentando uma estrada sinuosa de montanha com o mesmo à-vontade com que devora quilómetros numa auto-estrada.

As suspensões revistas para esta geração não merecem reparos. A forquilha de Ø41 mm sofreu algumas alterações internas para melhorar a fase de compressão, e a taragem, quer da forquilha quer do amortecedor traseiro, foi optimizada para garantir o melhor compromisso turístico-desportivo. Objectivo cumprido! É firme, garantindo estabilidade, sem prejudicar o conforto, e são ajustáveis. Com um depósito com 19 litros de capacidade, se não dermos rédea demasiado solta aos cavalos – evitando que o consumo suba muito perto dos 7 l/100 km, temos uma autonomia a rondar os 300 km, uma boa distância entre abastecimentos.

As malas laterais desta versão Tourer têm em conjunto 56 litros de capacidade; apesar do seu formato irregular, é possível guardar um capacete integral em cada uma delas. O único inconveniente é o barulho que geram em mau piso – pelo menos vazias… – , totalmente desenquadrado da excelente qualidade geral dos acabamentos da SX.

O contacto da Kawasaki Ninja 1000 SX Tourer encontra-se na edição Nº 1486 da Motojornal em https://fast-lane.pt/produto/motojornal-1486/