Contacto Moto Morini Milano

Ruggeromassimo Jannuzzelli concebeu a Milano antes de a Moto Morini ser adquirida pela Zhongneng chefi ada por Chen Huaneng. Apesar da mudança de mãos, o projecto seguiu em frente e o nosso colega Alan Cathcart foi andar na Milano na cidade que lhe deu o nome. 

Texto Vitor Martins • Fotos Kel Edge

Anterior
Seguinte

início

Gustato começou a trabalhar no desenvolvimento da Milano em Janeiro de 2017 e, como ele faz questão de salientar, isto significa muito mais do que amansar o motor da Corsaro e montar um assento para o passageiro no quadro desta streetfighter. «Mais ninguém faz uma moto assim», diz ele. «Uma Ducati Monster ou uma Aprilia Tuono são motos de prestações muito mais extremas e têm uma estética mais agressiva, enquanto que a Milano é uma moto normal de todos os dias, apta para o uso em cidade, mas que tem prestações estimulantes. Mas não é uma clássica moderna como uma Triumph Bonneville ou uma Ducati Scrambler – estas são retro na aparência e demasiado brandas em prestações. O Sr. Jannuzzelli queria uma moto de ar ‘cool’ em que pudesse deslocar-se diariamente, que tivesse um ar chic e moderno, mas também com reservas de prestações para quando fosse preciso».

O ar clássico (mas não retro!) da Milano é cortesia do estilista Angel Lussiana, de 42 anos, sediado em Turim, e para quem esta Moto Morini é o seu primeiro projecto a partir de uma folha branca. Para criar a Milano, Massimo e a sua equipa de engenheiros desenharam um novo quadro tubular em molibdénio, que é mais mais baixo e longo que o da Corsaro, resultando num assento 55 mm mais baixo, o mesmo acontecendo com o centro de gravidade, e um novo braço oscilante 30 mm mais longo apoiado no cárter do motor e no quadro, resultando numa distância entre eixos de 1490 mm

A geometria de direcção também é mais relaxada, com a forquilha Mupo invertida de Ø46 mm a proporcionar 120 mm de curso à roda colocada a um ângulo mais aberto de 25°, com 108 mm de trail, mais 5 mm do que antes.

Atrás há um amortecedor Mupo ajustável em recuperação e pré-carga através de ajustador remoto, com um sistema progressivo que Gustato diz ser mais confortável no curso inicial, do curso total de 110 mm. Na ciclística, apenas a travagem Brembo e as jantes MT de alumínio forjado são partilhadas com a Corsaro, com discos de Ø320 mm à frente mordidos por pinças de montagem radial e também cilindro mestre radial, com tubos em malha de aço, e um disco de Ø220 mm na traseira com uma pinça de dois êmbolos. O ABS Bosch MP9.1 desligável é de série; as jantes montam pneus Pirelli Angel GT.

O peso a meio seco (com óleo e água, mas sem combustível) é de 191 kg, mas talvez por ser baixa, juraríamos que é menos do que isso, em vez de ser apenas 0,5 kg mais leve que a ZT Corsaro. «Um teste que fizemos com motociclistas vendados foi empurrar as duas motos para dentro da garagem, primeiro a Corsaro e depois a Milano», diz Massimo. «Todos estavam convencidos que a Milano é 20 kg mais leve, mas é exactamente o mesmo peso, com o centro de gravidade mais baixo».

Anterior
Seguinte