Dakar 2022: Danilo Petrucci abandona

O italiano despediu-se do Dakar este ano sem conseguir concluir a etapa de hoje. Contudo deixou boas indicações para um futuro promissor na prova.

Mesmo antes do início da prova, Danilo Petrucci teve uma estreia atribulada neste Dakar.  Chegou ao raid mais duro do mundo com uma lesão no tornozelo; e depois com um teste de COVID-19 positivo a deixá-lo de fora a apenas 48 horas do arranque da competição. Para o ex-piloto de MotoGP a concentração mental não foi fácil, tendo ido do inferno ao céu em poucas horas, isto porque recebeu um segundo teste que confirmaria tratar-se de um falso positivo e, como tal, poderia ‘voltar a jogo’ e estrear-se na mais respeitada maratona de todos os tempos.

Refeito deste percalço e com ordem para alinhar na prova, Petrucci arrancou para um meritório 23º lugar no Prólogo realizado neste sábado, e uma 13ª posição no domingo, a 33 minutos de Daniel Sanders, da GAS GAS Factory Racing, que venceu a especial do dia.

Nesta segunda-feira, o homem da KTM Factory Racing, depois de cumprir 117 km da especial num registo altamente competitivo, tendo inclusive passado no primeiro waypoint (km 80) a apenas 9 segundos do líder provisório, Skyler Howes, sofreu um problema mecânico na sua moto, circunstância que o obrigaria a solicitar a evacuação em helicóptero.

O piloto de 31 anos, na impossibilidade de reparar ele próprio a sua máquina, pediu a evacuação da moto e dava assim por confirmado o seu ‘abandono’ esta manhã (9:41) na primeira metade da especial.

Ainda que não tenha confirmado a sua retirada definitiva da prova, Danilo pode eventualmente voltar amanhã, casa a avaria da moto seja reparável a tempo, e tentar terminar esta sua primeira experiência de competição nas areias desérticas da Arábia Saudita, mas a acontecer terá uma penalização que lhe retirará qualquer possibilidade de acabar o Dakar nos primeiros lugares da classificação.

O italiano apesar dos vários condicionalismos iniciais e deste abandono, nem por isso deixou de se fazer valer dos seus talentos enquanto piloto no fora do alcatrão e mostrou mesmo ser muito competitivo em cima da sua KTM 450 Rally, depois de terminar em 2021 uma decana carreira de topo enquanto piloto no MotoGP.