Foi com consternação que o paddock de MotoGP recebeu ontem a notícia da morte de Luigi Taveri.
O piloto suíço faleceu aos 88 anos de idade na sequência de complicações cardíacas após um enfarte.
Luigi Taveri correu em várias classes do Mundial de Velocidade entre 1954 e 1966, e foi três vezes campeão mundial de 125 cc, sempre com a Honda.
Actualmente Taveri era uma visita frequente no paddock de MotoGP. O antigo campeão mundial participou em alguns eventos com algumas das motos que usou enquanto piloto.
Apesar de ter abandonado a competição apenas aos 37 anos, não o fez pela idade; o suíço foi ficando cada vez mais afectado pelas mortes em pista, que naquele tempo eram, infelizmente, mais frequentes. Por isso, muitas delas passavam despercebidas, era quase ‘normal’. Taveri sofreu muito com isso, especialmente quando acontecia na sua própria equipa. Em 1962 na Ilha de Man viu dois dos seus companheiros de equipa sofrerem graves acidentes: Tom Phillis perdeu a vida e Kuninitsu Takahashi ficou gravemente ferido.
Um dos pais da NCR Ducati
Esta semana aconteceu a morte de outro nome histórico, mas menos conhecido, da velocidade mundial: Rino Caracchi. Caracchi é o ‘C’ da NCR Ducati, os pioneiros na preparação de motos da marca italiana para a competição.
Rino Caracchi foi um dos fundadores da NCR em 1967, e desde então trabalhou com pilotos como Mike Hailwood, Paul Smart, Doug Polen ou ainda Ben Bostrom. As máquinas preparadas pela NCR venceram muitas corridas, de Daytona à Ilha de Man, passando pelo Mundial de Superbike, onde conquistaram também títulos.
Contemporâneo e muito amigo do mítico Franco Farné, também Rino Caracchi teve um papel importante na presença da Ducati na competição.
A NCR foi adquirida pela família Poggipolini no início deste século. Desde então deixou de estar tão envolvida directamente na competição, para passar a desenvolver motos e componentes apenas para os seus clientes.
Rino Caracchi morreu no passado dia 28, em Itália.
Paz às suas almas.