A Ducati sempre foi sinónimo de motores V2, o som do “Pompone” há muito que faz parte da sua identidade. Essa característica tão marcante tem os dias contados entre os seus modelos mais desportivos. Com a apresentação da Ducati Panigale V4 nasce uma nova era para a marca de Borgo Panigale. Uma era que vem responder às necessidades de conseguir ter melhores prestações nos campeonatos de SBK e estar a par com os restantes 1000 cc de quatro cilindros.
Curiosamente a Ducati optou por apresentar este seu novo modelo com uma cilindrada superior à dos regulamentos das Superbikes, 1103 cc para ser exacto. Em 2018 as pistas continuaram a ter o V2 nas grelhas de corridas pelo que a versão de homologação só deverá surgir durante o ano que vem, provavelmente numa versão “R”. Para já estão disponíveis uma versão base, uma “S” com melhor ciclística e suspensões Öhlins Smart EC 2.0 e uma “S Speciale” edição limitada numerada, com decoração exclusiva, escape em titânio e vários componentes maquinados.
A filosofia por trás do desenvolvimento da Panigale V4 foi a mesma que preside a criação de qualquer moto desportiva da marca, a total integração do motor, ciclística e piloto. Para atingir estes objectivos foram utilizadas muitas tecnologias vindas do MotoGP e na sua elaboração estiveram envolvidos técnicos e pilotos do departamento de competição Ducati Corse.
O resultado é um V4 a 90 graus com cambota contra-rotante, cujos cilindros têm 81 mm de diâmetro, o limite permitido pelo regulamento de MotoGP. Para ganhar uma melhor resposta a médio regime, esta unidade de estrada tem um curso maior, que resulta no aumento de cilindrada. A potência máxima é de 214 cv às 13.000 rpm, o binário de 12,6 kgm às 10.000 rpm e os intervalos de manutenção são longos. Com o escape em titânio Akrapovic e as especificações Ducati Corse este motor pode atingir os 226 cv.