Editorial Revista Motojornal Nº1475
Início de mais uma semana de trabalho, preenchida pelo “sindrome” de segunda-feira. O tempo passa calmamente e a rotina volta a ganhar forma. O dia tristonho acompanha o estado de espírito, ainda a recuperar de dias difíceis.
Saio de casa, em direcção aquela que é considerada uma das estradas mais perigosas da Europa, o IC19, que me acompanha todos os dias na ida e volta para Lisboa, onde a nossa redacção encontra casa. Já quase a chegar a Queluz, sou despertado para qualquer coisa de anormal, estranho, bizarro até! Tento focar-me em tudo o que rodeia para tentar descortinar o que se passa: “que tem este dia de especial?” pergunto-me a mim mesmo. Depois de alguns momentos percebo finalmente o que é! O trânsito está a fluir sem engarrafamentos, não vejo qualquer manobra fora do normal, não ouço buzinar e tudo flui de forma anormal. Mas espera, esta “anormalidade” não deveria de ser afinal o “normal”? Infelizmente, dias como este, desta aparente normalidade são cada vez mais raros, muito por culpa de nós, pessoas, que não valorizamos o próximo, a bondade, a simpatia e, no limite, sermos apenas normais!
Quando dou por mim a pensar que a normalidade me soa estranha, fico realmente preocupado! É que fazer os 30 km que faço diariamente para a capital, sem ver um “stress”, um toque, uma buzinadela, um gesto feio e alguém a querer ser mais esperto que o seu próximo, não é de todo normal. Oxalá fosse! Por ocasião dos acontecimentos mais trágicos, que levaram o nosso “Speedy” demasiado cedo, voltei a ser chamado à realidade, mas noutro sentido. No sentido da gratidão, da entreajuda, do reconhecimento e da união. Isto levou-me até um nome, até uma pessoa em particular. O seu nome é Henrique Venda e “nós” temos tendência a “esquecer-nos” dele, do nosso campeão que há anos que luta por uma vida melhor, que trava uma batalha hercúlea para fazer um simples gesto como comer com a sua própria mão.
O Venda e a sua família são um exemplo que devemos recordar mais do que o fazemos e temos a obrigação de ajudar mais do que ajudamos. O Henrique, que tanto fez por nós, sempre deu, sem esperar nada em troca. O mínimo que podemos fazer, é acompanharmos a sua página no Facebook “Apoio ao Henrique Venda” e tornar o nosso contributo mais frequente. Olhar pelos que ficam!
Uma última nota para o Salão de Motos de Competição de Esposende, cuja terceira edição foi erguida com muito esforço, uma vez mais pelo Alexandre Laranjeira e a sua equipa, numa altura delicada e muito emotiva para a cidade de Esposende e todos os seus habitantes. Um exemplo de força e determinação, que resultou um ano mais num sucesso, crescente. Que em 2021 possamos ter a consolidação deste evento que tem tudo o que é necessário para ser um dos grandes do nosso país!
Parabéns malta!
CONTRIBUA, NEM QUE SEJA COM 1€ ! TODA A AJUDA É BEM VINDA!
CONTA SOLIDARIEDADE:
NIB: 0033 0000 454 020 200 15 05
Para aqueles que vivem fora de Portugal e querem ajudar Henrique, aqui ficam os dados
– IBAN : PT 5000 33 0000 454 020 200 15 05
– SWIFT: BCOMPTPL
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