Editorial da Revista Motojornal #1581 – Progresso
Neste número da Revista Motojornal – já nas bancas e online aqui – podem ficar a conhecer três motos desportivas de nova geração. Quem anda neste mundo há mais anos lembra-se que na década de noventa e primeiros anos deste século as desportivas eram rainhas no mercado nacional. A Honda CBR 600 vendia que nem pãezinhos quentes, seguida de perto pelas restantes supersport e superdesportivas de um litro, as superbikes.
O mercado amadureceu, tornou-se mais racional e simultaneamente começaram a aparecer as maxitrails. Com algumas delas a oferecer prestações dignas de qualquer desportiva, ao mesmo tempo que eram ‘muuuiito’ mais confortáveis, as verdadeiras desportivas entraram em declínio, e quase desapareceram.
Depois vieram as restrições ambientais, e já não era financeiramente viável manter as supersport de quatro cilindros. Estas tinham-se transformado em motos de corrida, e ganharam eficácia em pista, ao mesmo tempo que ficaram mais inconvenientes para uma normal utilização em estrada. Motores exigentes e pontudos, posições de condução radicais e desconfortáveis, e quase tão caras como uma sete e meio ou uma mil, foram desaparecendo do mercado. Surge agora a nova geração de supersport.
Apesar de alguns modelos continuarem a ter a competição no seu ADN, mesmo essas são mais racionais e mais fáceis de explorar que as gerações anteriores. Foram pensadas tendo em conta não apenas a eficácia, mas também a facilidade de condução, tornando-se assim mais acessíveis aos menos experientes que encontrarão aqui excelentes ferramentas para dar os
primeiros passos em circuito.
As novas supersport podem ser menos potentes e nalguns casos mais pesadas que as supersport de outrora, mas esta é a direção a que o progresso nos levou. Para as marcas foi um caso de adaptarem-se ou ver a categoria morrer. Por isso, as supersport morreram? Vivam as novas supersport!
Não posso deixar de enviar uma palavra de solidariedade para com Miguel Oliveira. Indiscutivelmente é o piloto mais azarado do paddock. Foi derrubado pela enésima vez e, pior do que isso, magoou-se outra vez e teve que falhar, pelo menos a corrida do GP da Argentina (e já depois deste Editorial ter sido escrito ficou de fora nas Américas e Qatar). Parece que o homem tem um alvo nas costas, chiça! Votos de rápidas melhoras e que rapidamente possa regressar às pistas na sua melhor forma.
Editorial da Revista Motojornal #1581 por Vítor Martins, diretor

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