Estamos a poucos dias da realização de mais uma edição do sempre espetacular Bol d’Or, prova que vai acontecer no próximo fim de semana (qualificações e treinos ainda esta semana) e que marca o fim da temporada 2024 do Mundial de Resistência FIM (FIM EWC). Em pista estará Pedro Nuno, que neste momento já se reuniu com a sua equipa, o Team Bolliger Switzerland #8.
Para o piloto português, esta será mais uma visita ao circuito Paul Ricard, em França, onde espera, à semelhança do que fez em visitas em anos anteriores, conseguir bons resultados, agora aos comandos da Kawasaki Ninja ZX-10R da classe principal EWC.
Será uma corrida longa, de 24 horas de duração, num traçado em que a principal característica é a sua longa reta Mistral.
Uma reta que coloca à prova a resistência dos motores das motos das classes EWC, Superstock ou também da classe Experimental, onde as rotações elevadas são mantidas durante um longo período, o que, inevitavelmente, causa um desgaste elevado ao longo das 24 horas da corrida.
Para o Pedro Nuno e o Team Bolliger Switzerland #8, esta será a terceira prova do Mundial de Resistência FIM em que participam esta temporada.
Das quatro rondas no calendário, a equipa liderada por Kevin Bolliger não participou nas 8 Horas de Suzuka. Ainda assim, ocupam o 5º lugar na classificação, e com 29 pontos a separar do 3º lugar da BMW Motorrad World Endurance Team, tudo pode acontecer tendo em conta as pontuações bonificadas que existem nesta última corrida do ano.
A Revista Motojornal, como habitualmente, irá acompanhar de perto tudo o que acontece no Bol d’Or, prova que poderá ser acompanhada em direto nos canais Eurosport, com uma transmissão que vai durar praticamente as 24 horas da corrida.
E antes mesmo de se iniciarem as qualificações, falámos em exclusivo com o Pedro Nuno, que nos fez uma antevisão do Bol d’Or 2024:
“Primeiro de tudo, tivemos dois dias de testes há duas semanas e que foram bastante positivos. Conseguimos encontrar um bom setup para a moto em que me sinto mais confortável e confiante na moto, mantendo ritmos bastante sólidos, o que é ótimo. Em relação à corrida em si, vai ser dura no sentido de alguma pressão, pois estamos em 5º no Mundial, e queremos fazer tudo para manter essa posição até ao final, pois ficar em 5º neste campeonato é ótimo. Então vamos apostar nisso. De acordo com as previsões meteo parece que vai chover, e logo aí é um acrescento de dificuldade, mas vai ser uma corrida divertida, e estamos cá para ir à luta!”.
Estas são as primeiras declarações do piloto português, que ao longo dos próximos dias estará em contacto com a Revista Motojornal para nos dar as informações mais detalhadas do que acontece nos treinos e qualificações do Bol d’Or.
Quanto ao título, os atuais campeões YART – Yamaha Austria Racing Team são os líderes da classificação com 116 pontos, mais seis pontos do que a Yoshimura SERT Motul (Suzuki), sendo estes os principais favoritos à conquista do ceptro da resistência nesta temporada.
Porém, e conforme já referimos, a pontuação para esta ronda final Bol d’Or é bonificada. Para além dos pontos obtidos na corrida serem multiplicados por um fator de 1.5, existem pontos a conquistar à passagem das 8H e das 16H de corrida. E também há pontos que serão entregues aos melhores em qualificação.
Isto significa que uma equipa que faça pontuação máxima recebe um total de 85 pontos neste Bol d’Or! Matematicamente, isto significa que, tendo em conta a atual classificação da classe principal EWC, tudo pode mudar, e mesmo o décimo classificado no campeonato tem, ainda que poucas, hipóteses de se sagrar campeão em 2024.
Fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades do mundo do desporto em duas rodas. A não perder!