Texto Rui Marcelo • Fotos Bridgestone
São quatro as áreas e respectivos pneus que a Bridgestone melhorou profundamente com vista à nova temporada 2020, mas que infelizmente a sua comercialização foi interrompida desde Março passado com o surgimento da pandemia de COVID-19.
Sobre o reforço estratégico de produtos para 2020, a todas é comum uma melhoria face aos modelos específicos já existentes, procurando-se incrementar a capacidade dinâmica do pneu, a sua eficácia num maior número de condições de utilização, melhor “feedback” para o condutor da moto e claro, maior durabilidade.
No fundo é tudo aquilo que se procura num pneu, antes de adquirido e depois em utilização. Sem rodeios a Bridgestone diz que conseguiu atingir esses objectivos, e o utilizador começou a sentir as diferenças desde o passado mês de Janeiro, altura de início de comercialização de alguns destes modelos.
E quais são esses novos pneus nas suas respectivas áreas de utilização? Começam com as motos clássicas, para corridas de endurance em circuito e simples utilização asfáltica. Falamos do Battlax Classic Racing CR11, um pneu adequado às clássicas, mesmo as mais potentes, que foi desenvolvido nas provas de resistência para máquinas antigas e que apresenta melhorias a nível da aderência em piso molhado uma vez que aquece mais rápido e de forma uniforme. Construído com uma correia monoespiral variável, a V-MS-Belt, o CR11 é uma evolução do actual R11, e na práctica o utilizador irá sentir mais estabilidade em travagem e mais sensibilidade em curva, com predominância para o uso em molhado. Surgirá nas medidas 110/80- R18 e 150/65R18 (traseira), em Março que passou.
Ainda para as pistas mas para as actuais potentes super-desportivas, o Battlax Racing Street RS11 é a aposta da marca, assumindo-se como a natural evolução do RS10, já uma referência na classe. É o primeiro pneu de estrada a incorporar a construção V-MS-belt da marca, testada em ambiente de competição e opção de origem em muitas super-desportivas. Promete maior aderência e o tal feedback em piso seco, em todas as situações mais prementes: aceleração, travagem e curvas a alta ou baixa velocidade, mas sobretudo em inclinações mais acentuadas. Ambos os modelos, dianteiro e traseiro, ganharam na rigídez e estabilidade que permitem obter e isso, prometem, irá sentir-se em condução mais empenhada. Também chegaram em Março passado, numa medida dianteira (120/70ZR17 M/C) e em duas traseiras, 190/55ZR17 M/C e 200/55ZR17.
As motos de Turismo recebem um novo Battlax BT46. As melhorias frente ao icónico BT45 que leva já mais de 22 anos no activo, assumem-se pelo novo design do piso e uma nova forma em V invertido na unidade dianteira. Com isso ganha-se mais sensibilidade de direcção mas sobretudo uma superior durabilidade, com redução do desgaste irregular provocado pelo habitual peso destas motos. Já o traseiro recebe um novo composto de sílica, indo de encontro às superiores prestações em curva, durabilidade e condução em piso molhado.
No fundo ambos conseguem um superior passo em relação ao bem sucedido BT45, surgindo em mais medidas disponíveis – 21 para a roda dianteira e 17 para a traseira – sendo que dez dessas principais chegam ao mercado já em Janeiro próximo.
Por fim, num campo totalmente diferente: entre os pneus para todo-o-terreno e neste caso o Enduro Extreme, o novo Battlecross E50 Extreme promete aquilo que se deseja nesta muito exigente modalidade, sendo uma evolução do E50. Aderência em todas as condições de piso, sobretudo escorregadios e pedregosos, graças a um novo composto mais macio na composição da carcaça que o sustenta. Muito mais tracção especialmente lateral e em curva, maximizada pela área de aderência no flanco.
O Battlecross surgiu nas lojas já em Janeiro deste ano e numa medida traseira 140/80-18’’.
Refira-se ainda que a Bridgestone EMIA anunciou no passado dia 15 de Abril que várias fábricas da sua rede de produção vão retomar a laboração, com aumento de produção gradual em resposta às necessidades do mercado, conforme pode ler no artigo da Motojornal abaixo referido.