GP do Algarve: vitória de Bagnaia, queda para Oliveira

Francesco Bagnaia venceu o GP do Algarve, numa corrida interrompida pela bandeira vermelha devido à queda de Miguel Oliveira e Iker Lecuona.

Francesco Bagnaia foi o grande vencedor do GP do Algarve, liderando a corrida de fio a pavio e terminando a corrida com mais de dois segundos de vantagem sobre o segundo classificado. Com a terceira vitória do ano, o piloto italiano ofereceu também o título de construtores à Ducati.

«Estou muito feliz. Creio que foi o meu melhor fim de semana em MotoGP. Desfrutei de todas as sessões este fim de semana. Quando nos sentimos tão bem na nossa moto, tudo surge mais facilmente. Estou muito feliz com o trabalho feito. Comparado com Abril, quando terminei aqui em segundo, eu senti que estava agora mais competitivo. Esta corrida foi mais difícil no início, porque tive um pouco mais de dificuldades com o pneu dianteiro em comparação com outras corridas, e no início tentei puxar, mas quando estava inclinado para a esquerda a frente tinha tendência para fechar. Depois tudo melhorou e estou muito contente com a vitória e também por termos conquistado o título de construtores», disse Pecco Bagnaia, que consolidou a segunda posição no calendário. «Não creio que perdemos o campeonato em Misano, porque perdi muitos pontos antes disso. Comecei a ser mais competitivo depois de algumas corridas e temos uma excelente base para o próximo ano», acrescentou o vencedor.

Joan Mir saiu da primeira linha para assumir desde a primeira volta a segunda posição, que manteve até ao final, terminando na frente de Jack Miller.

Mir no pódio

«Honestamente, estou especialmente contente com este pódio, não tanto pelo resultado mas por todo o trabalho que fizemos. Senti-me tão bem desde o primeiro momento. Como o Pecco disse, quando te sentes bem com a moto, tudo surge mais facilmente. O que eu precisava era de um fim de semana destes, com as condições mais normais, para poder fazer mais voltas em boas condições. Obrigado à equipa por me ter dado uma moto capaz de lutar pela pole position e pela vitória. Mas hoje o Pecco esteve melhor do que eu, eu cometi mais erros e ele não cometeu nenhum», disse o piloto da Suzuki, que não conseguiu acompanhar o ritmo de Bagnaia.

Jack Miller conseguiu terminar no pódio depois de ser bem sucedido na luta com Alex Marquez, que conseguiu rodar boa parte da corrida em terceiro. «O Pecco tinha um ritmo impressionante. Eu fiz uma melhor partida mas ele passou-me na curva 1, e eu pensei que ele claramente ia querer puxar desde o início, e puxou. Ele começou a rodar consistentemente em 1’39 e começou a escapar. Tentei gerir o pneu a meio da corrida para atacar mais perto do final, e a oito voltas do final comecei a puxar, passei o Alex, apanhei um susto na curva sete, alterei o nível de travão-motor. Preparei-me para a luta no final, mas depois surgiu a bandeira vermelha», relata Miller.

Bandeira vermelha

A bandeira vermelha surgiu a duas voltas do final, devido à queda de Miguel Oliveira, derrubado por Iker Lekuona, quando lutavam pela 10.ª posição. Depois de arrancar da 17.ª posição, no final da primeira volta Oliveira já estava em 12.º e na volta seguinte subiu ao 10.º lugar. Chegou a rodar em nono, na luta com Alex Rins, e estava de novo em 10.º, quando a ultrapassagem falhada de Lecuona na curva 13 acabou com a corrida de ambos.

Depois de retirado de maca, Miguel Oliveira saiu pelo próprio pé; após ser observado no centro médico, o piloto português foi levado até ao hospital local para exames suplementares, de modo a despistar qualquer tipo de lesão.

A corrida ficou marcada pelo campeão do mundo, Fabio Quartararo, que depois de arrancar do sétimo lugar, caiu a quatro voltas do final, quando estava na mesma posição, depois de ter estado momentaneamente em sexto. Este foi o primeiro abandono do piloto francês esta temporada.

Em Moto2 Remy Gardner tinha a possibilidade de conquistar o título. Não o fez, mas voltou a conquistar pontos a Raul Fernandez, ao vencer a corrida na frente do piloto espanhol. Enquanto que o australiano optou pelo Dunlop traseiro duro, Raul Fernandez escolheu o macio. E enquanto Fernandez liderou na primeira metade da corrida, acabou apanhado e ultrapassado por Gardner, que depois se isolou para vencer. Agora tem 23 pontos de vantagem sobre Fernandez, a caminho da última corrida da temporada, em Valência, com tarefa facilitada.

Sam Lowes conseguiu apanhar Marco Bezzecchi, que também escolheu o pneu macio. Com o pneu duro, o britânico apanhou e ultrapassou o italiano para garantir mais um pódio.

Um dos dois títulos que estava por decidir ficou arrumado em Portimão. Pedro Acosta qualificou apenas em 14.º, mas na segunda volta já estava em quinto, enquanto que Dennis Foggia assumiu o comando da corrida logo à segunda volta.

Mas na fase final da corrida Acosta conseguiu apanhar Dennis Foggia e ultrapassá-lo, mas tudo ficaria decidido na última volta, mas de modo imprevisto: Darryn Binder atacou Sergio Garcia na curva 3, mas acabou por abalroar Foggia atirando-o ao chão. Com ele caiu também Sergio Garcia. Com Foggia de fora, Pedro Acosta já nem precisava de vencer para conquistar o título. Mas venceu.

Pedro Acosta sagrou-se campeão mundial aos 17 anos de idade, a uma corrida do final da temporada.

Andrea Migno e Niccolo Antonelli completaram o pódio.

Todas a classificações aqui.