Com o segmento das desportivas totalmente focado na utilização e eficácia em pista, a Honda não teve outra opção que não a de seguir o mesmo rumo de desenvolvimento com a Fireblade. E a verdade é que tinha já uma boa base para beber muitos conhecimentos para aplicar nesta nova Superbike, a sua MotoGP homologada para estrada, a RC213V-S. Herdada das pistas de MotoGP temos as famosas “asas” que muito mais que simples apontamentos estéticos, resultam efectivamente em termos dinâmicos, sentimos a frente mais colada ao chão, onde realmente interessa estar. O top da tecnologia, aplicado às motos de série.
Se bem que a configuração do motor da CBR continue a ser um quatro cilindros em linha, ao invés do “V” da RC, pela sua maior simplicidade de construção e menor volume, muitas são as soluções dele retirada. Começa logo pelas cotas dos cilindros super-quadradas, 81 x 48,5 mm, com um grande diâmetro e curso curto. Assim consegue ter uma grande área de válvulas para melhor “respirar” e o curso curto que facilita a obtenção de maiores regimes de rotação máximos.
O motor é muito compacto, possui distribuição do tipo semi-came, balanceiros de roletes, bielas em titânio, tecnologias de redução de atrito internas também da RC- 213V-S, injectores de óleo para refrigeração dos pistões e passagens inferiores de bypass para as camisas de água dos cilindros integradas no bloco, para distribuição mais consistente da temperatura. O sistema de acelerador electrónico Throttle-by-wire foi melhorado e tem agora maior sensibilidade com três modos de condução, com opções para alterar a potência (P), o efeito de travão-motor (EB) e o controlo anti-cavalinho (W), para além do sistema de controlo de tracção variável da Honda (HSTC).
A conduta tipo ram-air está localizada no centro da carenagem frontal, para uma maior pressão e atravessa a coluna de direcção directamente para a caixa-de-ar, melhorando o fluxo de ar. Os colectores do escape 4-2-1 são ovalizados e o sistema foi desenvolvido em conjunto com a Akrapovic, com um silenciador com uma válvula que abre quando necessário, para libertar todo o potencial do quatro em linha.
Com todas estas tecnologias, o motor da CBR1000RR-R SP consegue ter um binário máximo com 113Nm às 12,500rpm e produz um pico de potência de 217 cv às 14.500rpm.
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