Texto Rui Marcelo • Fotos Honda
Só em 2018 a Honda vendeu quase 19 mil unidades da SH 125i, a scooter de roda-alta que desde que foi lançada em 2001 se tornou na líder incontestada deste segmento e cilindrada. A história deste modelo sempre se baseou nas capacidades dinâmicas e práticas que conseguiu concentrar, aliadas à qualidade Honda e que a tornaram numa estrela.
Aliás, a versão de 125 cc a 4 tempos, foi apenas uma derivação da SH 50, um ícone do segmento, essa surgida nos mercados nos idos 1984 e sem dúvida uma moto histórica entre as duas rodas. Com as várias pequenas evoluções e melhorias apreciadas nas várias actualizações – injecção electrónica em 2005, motor com peças de menor fricção e sistema de arranque automático em 2013 e por fim, em 2017 novas luzes com Led’s e sistema de chave inteligente – a SH 125i chega à próxima temporada focada em ser ainda melhor que as já bem notadas anteriores versões, mas também focada em apresentar já um motor capaz de cumprir a norma Euro-5.
O monocilíndrico a 4 tempos tem muitas alterações, apresentando-se com diferente relação diâmetro x curso (maior diâmetro e menor curso do êmbolo) bem como um ajuste da electrónica, sendo capaz por isso de debitar mais potência e binário a mais baixa rotação, com ganhos expressivos de disponibilidade entre as 4.000 e 10.000 rpm.
Além disso o novo motor resulta mais rápido na resposta inicial e mais rotativo em alto regime, mantendo o sistema de arranque automático e muitas peças que lhe garantem menor fricção interna, logo melhores consumos também. Por fim inclui ainda o sistema da Honda para controlo de tracção em motores de transmissão automática, o HSTC, muito útil em condições de piso molhado pelo controlo que garante sob fortes acelerações, mas também possível de desligar a mando do condutor.
Mais espaço, mais utilidade junto com o motor, o quadro foi redesenhado, mantendo a óbvia ampla abertura para colocação dos pés atrás do generoso escudo frontal, zona onde agora foi posicionado o depósito de combustível. Com isso libertou- -se espaço sob o assento na secção traseira, suficiente para se ganhar 10 litros de espaço livre junto ao anterior espaço para o capacete, aumentando assim a capacidade de carga para um total de 28 litros. Há ainda sob o assento, uma tomada para carregador USB, sempre útil com os actuais gadgets.
Mas, mais que isso, o reposicionamento do motor e depósito de combustível para junto dos pés, permitiu alterar a geometria traseira, logo o comportamento da própria scooter e a sua maneabilidade, bem como o conforto sobretudo em piores pisos. Junta-se ainda o facto do radiador de arrefecimento ter sido movido da secção frontal da scooter para uma zona próxima e lateral ao motor, garantindo também assim uma melhor centralização das massas e o tal superior comportamento dinâmico.
No restante figurino, o cenário ciclístico mantêm-se conhecido embora seja de denotar o aumento em 10 mm da distância entre eixos. As suspensões são por forquilha telescópica à frente e duplo amortecedor traseiro, sendo os travões por disco em ambos os eixos e com sistema ABS incluído.
No global a scooter ficou mais leve (peso verificado a cheio, pronta a circular) 400 gr, atingindo os 133,9 kg no total, um valor que com as alterações da ciclística referidas, torna a sua utilização mais fácil e aprazível. Já o assento, confortável e espaçoso, mantém-se nos 799 mm de altura ao solo. Junta-se ainda um novo e elegante painel digital LCD, novos comutadores e a qualidade Honda sempre patente em todos os detalhes de construção, alguns deles retocados em termos de desenho para esta nova geração.
A Honda SH 125i está disponível em quatro cores distintas e custa 3.800 euros na versão com topbox; e 3.990 euros com topbox e chave inteligente.
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