Kawasaki K-RACER: Ninja H2R pelos ares

O motor da Kawasaki H2R equipa um helicóptero autónomo que visa atingir velocidades superiores aos helicópteros convencionais.

K-RACER

O K-RACER levou a Ninja H2R a deixar o chão. Em meados da década passada a Kawasaki lançou a poderosa Ninja H2R, com motor de quatro cilindros em linha de 1000 cc sobre-alimentado, capaz de produzir mais de 300 cavalos. Para além de ser a moto de produção mais potente do mundo, é também a mais veloz: Kenan Sofuoglu, penta-campeão mundial de Suspersport, levou a Ninja H2R aos 400 km/h na ponte Osman Gazi, sobre o Mar de Mármara, na Turquia, em Junho de 2016.

Apesar das asas, da potência e da velocidade, a H2R, na verdade, não voa. Mas entretanto a Aerospace Systems Company usou este motor para desenvolver um helicóptero autónomo, em colaboração com as divisões de motos, motores e tecnologia da empresa japonesa. Mas agora anda pelos ares, equipando o K-RACER.

Em busca de velocidade

O Kawasaki K-RACER (acrónimo para Kawasaki Researching Autonomic Compound to Exceed Rotorcraft) serve para o desenvolvimento de veículos de descolagem e aterragem vertical, e o objetivo é superar a velocidade dos helicópteros convencionais. Para isso o K-RACER usa um rotor principal, com quatro metros de diâmetro, mas em vez de ter um rotor traseiro de estabilização, tem duas pequenas asas laterais, cada uma com um rotor apontado para a frente. Estes são os responsáveis pela propulsão, e as pequenas asas fornecem sustentação no voo horizontal. Este conjunto denominado composto faz com que as velocidades atingidas sejam superiores aos helicópteros convencionais, embora não tenham ainda sido revelados valores concretos.

Tratando-se duma aeronave autónoma, o projeto levou o automatismo mais além, e o K-RACER pode ser carregado por pequenos robots, evitando a intervenção humana.

A Kawasaki Heavy Industries, através da sua divisão aeroespacial desenvolve os seus próprios helicópteros, aviões e motores a jato.