Kenny Foray e a estreia com a MotoE

Antes do arranque da MotoE o francês fala da experiência que está a ser descobrir a nova classe.

Começa finalmente este fim‑de‑semana em Sachsenring na Alemanha aquela que é a primeira experiência num campeonato com motos eléctricas. As principais equipas do mundial MotoGP estão no pelotão de quase duas dezenas de motos, todas iguais, todas com o mesmo nível de performance e capacidade técnica. Kenny Foray é um dos pilotos do pelotão e vai defender as cores da Tech3 ao lado de Hector Garzó. Os derradeiros testes foram realizados em Valência e a simulação de corrida ajudou mesmo a tirar conclusões, positivas ou negativas, conforme o piloto.

Podes descrever como foi a tua primeira corrida MotoE?

‘Foi boa, mesmo sendo uma verdadeira corrida de ‘sprint’ pois sete voltas são realmente muito curtas, especialmente para mim que sou piloto de Endurance. Ao mesmo tempo, não é fácil ultrapassar outros pilotos, porque todos têm a mesma moto e para ultrapassar tens mesmo que puxar a sério. Mas globalmente foi muito divertido e gostei bastante.’

Sendo uma moto eléctrica, qual é a maior diferença que encontras face a outras motos?

‘Primeiro que tudo…o peso. Neste momento ainda sinto dificuldade para conseguir travar da melhor forma com esta moto pesada. Preciso ainda de aprender e perceber isto. Também o som é muito diferente. Deixei de utilizar os tampões dos ouvidos, por assim posso ouvir a bateria, mas aparte disso é realmente muito similar ás outras motos.’

Como viste a performance dos pneus?

‘Foi realmente muito positiva. Conheço a Michelin da classe Superbike em França, por isso não tive muita dificuldade em me adaptar. Globalmente eles funcionam muito bem.’

O que mais te surpreende nas Energica?

‘Tenho que admitir que globalmente não estou surpreendido. É um prazer para mim estar aqui e sabia o que estava a acontecer quando vim para aqui. A maior surpresa é provavelmente a Energica. Eles conseguiram reconstruir todas as motos em apenas dois meses. Isto é verdadeiramente incrivel. Mas além disso, sabia de antemão que seriam boa corridas, um bom campeonato e uma moto interessante.’

O que pensas da competitividade do pelotão globalmente?

‘Penso que alguns pilotos entenderam de imediato como funciona a moto e outros – como eu neste momento – precisam ainda de aprender mais. Não é fácil e não consigo realmente explicar isso. Não conhecia também a pista de forma perfeita pois nunca competi em Valência e por vezes tens apenas que trabalhar mais para aprender a moto e a pista em simultâneo. É duro, mas aprendi muito e ganhei muita experiência a cada volta.

O que esperas da prova na Alemanha e para o campeonato?

‘Antes do teste em Valência e da primeira simulação de corrida estava a desejar muito mais. Mas agora, tenho que ser realista e penso que se conseguir um Top 10 na primeira corrida ficarei feliz. Tudo depende de como me sentir com a moto. Sem conseguir melhorar em Sachsenring penso que podemos esperar por coisas boas. O meu colega de equipa é realmente muito rápido e estamos com a mesmo moto, por isso penso que podemos conseguir a mesma coisa.’

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