KTM abandona Moto 2 em 2020

O abandono da KTM de Moto2 surpreendeu tudo e todos no paddock.

Foi o próprio Stefan Pierer, o patrão da KTM, quem assinou no Red Bull Ring um novo contrato com Carmelo Ezpeleta para dar continuidade ao empenho e presença da KTM no paddock do campeonato do mundo, contrato esse que terá mais cinco anos para um total de sete como anteriormente a marca austríaca tinha já revelado, ou seja, até 2026 as ‘laranjas’ vão continuar a ‘salpicar’ as grelhas de partida, mas não todas.

Em 2020 a KTM coloca um ponto final na sua presença no mundial Moto2 e estará concentrada apenas nos campeonatos Moto3 e MotoGP, sendo que na classe mais pequena irá reforçar a sua presença ao fazer regressar a Husqvarna como construtor. Ao mesmo tempo dará continuidade á sua aposta na formação e ao lado da Rookies Cup faz nascer o já anunciado Northern Talent Cup no seu será mais um degrau no ‘Caminho para MotoGP’, um dos lemas da marca.

A saída como construtor do pelotão de Moto2 não colocará no entanto um ponto final na bem sucedida relação com Aki Ajo e a sua equipa no caminho de acesso a MotoGP, mas a KTM acredita que é em Moto3 que está o ‘centro’ da formação para o escalão maior e por isso o esforço para fazer regressar a Husqvarna como marca e também com a intenção clara de voltar a vencer com uma moto desenvolvida para a categoria. A KTM já venceu o campeonato do mundo Moto3em 2012 e 2013, com Sandro Cortese e Maverick Viñales, repetindo o sucesso em 2016 com Brad Binder.

‘Esta decisão faz parte de uma estratégia mais ampla e temos agora sete anos para atingirmos o topo do MotoGP; o mesmo período que necessitámos para conquistar o Dakar. Sabemos que estamos no bom caminho e demos passos firmes em menos de três anos. Com esse mesmo objectivo vamos fazer crescer o desenvolvimento em Moto3; é a fundação e a base das corridas para nós. É uma boa oportunidade para trazer de volta a Husqvarna, que terá uma nova moto e uma direcção especial nesse projecto. Tudo isto significa que vamos colocar os nossos recursos e energia e como consequência vamos abandonar o projecto Moto2.’ afirmou Stefan Pierer no final de um conferência onde o abandono da Moto2 caiu que nem uma ‘bomba’ no paddock.