O futuro da aventura ‘laranja’ é feito em modo automático. Isto porque vimos em ação no recente Red Bull Erzbergrodeo uma moto bastante especial, inscrita pela KTM na prova austríaca com a denominação AMT Prototype. Uma moto que, na verdade, serve de antevisão da futura 1390 Super Adventure.
Mais do que a utilização do motor V-twin que foi estreado na mais recente geração da 1390 Super Duke R, o que permitirá à nova Super Adventure anunciar uma potência que rondará os 175 cv, a AMT Prototype destacou-se por ostentar uma nova solução de transmissão desenvolvida pela KTM.
De acordo com um responsável da KTM presente no Erzbergrodeo, AMT significa nada menos do que “Automatic Manual Transmission, e é muito entusiasmante para nós estarmos aqui a testar esta caixa de velocidades num verdadeiro ambiente de competição, porque é nisso que acreditamos. A grande novidade é, claro, que o AMT significa a ausência de (manete) embraiagem. O que isso significa é que vão poder conduzir a moto em modo totalmente automático, se quiserem. Ou então, podem pressionar um botão (no punho direito), e passam a trocar de caixa manualmente. Podem fazer isso com os dedos (no punho esquerdo) ou então no seletor de caixa com o pé”.
O sistema ‘sem embraiagem’ da KTM AMT Prototype foi usado em condições extremas pelo piloto francês Johhny Aubert, que levou a moto austríaca até ao fim e num muito respeitoso 7º lugar no Iron Road Prologue, uma categoria especialmente dedicada às grandes motos V-twin de aventura.
Tecnicamente, e embora seja ainda necessário aguardar até à apresentação oficial da nova 1390 Super Adventure a 24 de setembro para ficarmos a conhecer todos os detalhes desta maxitrail, a KTM segue um caminho diferente do que foi escolhido pela Honda com o seu famoso e cada vez mais popular DCT.
Para além de não usar duas embraiagens como o DCT da Honda, o KTM AMT dá uso a um atuador elétrico que atua na caixa de velocidades para realizar as trocas de caixa de forma automática.
A isso a marca austríaca adiciona uma embraiagem centrífuga – que também é diferente do sistema Honda E-Clutch que usa atuador elétrico –, elemento que permite parar a moto sem que o motor se ‘cale’, ou seja, sem ser necessário que o condutor aperte a embraiagem, tal como permite depois arrancar, igualmente sem necessidade de o condutor fazer outra coisa que não seja apenas acelerar.
O KTM AMT disponibiliza três modos de funcionamento:
– Totalmente automático, com o sistema a assumir integralmente as trocas de caixa e quando estas devem ser feitas;
– Acionamento manual por botões, em que o condutor utiliza dois botões no punho esquerdo para, com os dedos, realizar as trocas de caixa conforme desejar;
– Acionamento manual recorrendo ao seletor de caixa que pode ser acionado com o pé esquerdo.
De acordo com as mais recentes informações deste projeto aventureiro da KTM, a AMT Prototype irá dar lugar na gama da casa de Mattighofen à nova 1390 Super Adventure. Essa maxitrail vai depois existir em, pelo menos, duas variantes: a S com jantes de alumínio para uso maioritariamente em pisos de asfalto, e a R que contará com jantes de maior diâmetro e de raios para uma utilização mais extrema em pisos de terra.
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