As normas europeias de homologação estão cada vez mais restritivas, e os fabricantes de motos esforçam-se por conseguir encontrar formas de cumprir as regras. A atual homologação Euro 5 já é bastante penalizadora, e no futuro teremos a Euro 6 que será mais um enorme desafio. A pensar nesse futuro, a KTM estará, de acordo com o portal americano CycleWorld, a trabalhar naquela que será a terceira geração do motor LC8c.
De acordo com o referido portal, que conseguiu as primeiras imagens geradas por computador do novo motor LC8c, a KTM vai acabar por regressar aos 990 cc, uma cilindrada que, para aqueles motociclistas mais conhecedores dos modelos de Mattighofen, recorda as populares Adventure ou Super Duke, mas então com um motor dois cilindros em V.
Isto significa que a terceira geração do LC8c, sendo que o “c” é uma referência às suas dimensões compactas, ganhará “pulmão” para cumprir com as normas Euro 6, e os engenheiros da marca austríaca terão ainda mais margem para projetar a sua utilização noutros modelos ou tendo em vista outro tipo de utilizações.
Mantendo a arquitetura de dois cilindros paralelos, o novo KTM LC8c vai, obrigatoriamente, ter de ser profundamente redesenhado. Novo cárter, curso maior, pistões de maior diâmetro, cabeça do motor mais compacta, e as próprias paredes dos cilindros serão mais finas. Tudo para garantir que o motor, apesar da maior cilindrada, não aumenta exageradamente de peso e dimensões.
Obviamente que com o aumento para os 990 cc, esperamos também uma melhoria de performance.
Não se sabe ainda qual será a potência disponibilizada pelo bicilíndrico paralelo austríaco. Mas, tendo em conta que no caso da KTM 890 Duke R o motor LC8c de 889 cc entrega uns já saudáveis 121 cv e 99 Nm de binário, e que, em especificação especial instalada na “track only” RC 8C este mesmo motor, graças a materiais mais nobres e outras alterações, atinge os 135 cv, não será difícil imaginar que o LC8c 990 cc apresentará potência perto ou acima dos 130 cv.
E em que modelos KTM poderemos vir a ter este motor?
A resposta mais imediata aponta para a naked Duke. Esta proposta austríaca compete num segmento extremamente popular e contra rivais de peso, pelo que a chegada de uma 990 Duke equipada com o novo motor mais evoluído será uma boa notícia. Depois, claro, teremos as trail Adventure. E ainda, muito provavelmente, teremos o regresso da KTM às desportivas de estrada de maior cilindrada com a possível RC 990.
Recordamos que a KTM já marcou presença no segmento das desportivas de maior cilindrada, com a 1190 RC8, modelo que acabou por ser descontinuado num momento em que Stefan Pierer afirmou publicamente que a sua marca não tinha interesse em fabricar e desenvolver desportivas com mais de 200 cv por considerar que eram demasiado exageradas para condução em estrada.
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