Mercado nacional (Julho): continua a recuperação

O números divulgados pela ACAP mostram que em Julho o mercado nacional continuou a sua recuperação, e as 125 cc estão quase a chegar a terreno positivo.

A queda causada pela pandemia continua a abrandar, e Julho foi mais um mês de recuperação. Foram matriculados 4789 motociclos em Julho, o que representa um crescimento de 13,8% face ao mesmo mês do ano passado. Tal como em Junho, apesar do saldo positivo do mês, o acumulado – Janeiro a Julho – continua em terreno negativo; porém as 17 524 unidades matriculadas nos primeiros sete meses do ano representam uma perda de apenas 8,1% face ao período homologo do ano passado.

Entre os motociclos, o segmento das 125 cc mostrou em Julho números promissores. Foram matriculadas 2810 unidades no sétimo mês do ano; isto não só significa um crescimento de 18,1% face a Julho do ano passado, como este contribui para abrandar significativamente a quebra no acumulado. Comparando os primeiros sete meses deste ano com o mesmo período do ano passado, a descida nas 125 cc é agora de apenas 3,2%. De Janeiro a Julho foram matriculadas 9475 motos de 125 cc, contra as 9791 de 2019.

No que diz respeito aos ciclomotores, os números não são tão animadores, mantendo-se uma quebra a rondar os -24% face aos primeiros sete meses de 2019.

Quanto ao total do mercado – incluindo triciclos e quadriciclos – Julho representou um aumento de 10,7% face ao ano passado; no acumulado dos primeiros sete meses do ano, matricularam-se menos 97% de unidades do que em 2019.

Segmento das ‘cinquentinhas’ cada vez menor

A SYM mantém a liderança do mercado das ‘cinquentinhas’; a marca de Taiwan sofreu uma queda significativa de 38%, num segmento que caiu 24,3% face ao ano passado. Aliás este ano não foram ainda atingidas sequer as 1000 unidades matriculadas; até ao final de Julho o total de todas as marcas cifra-se em apenas 937 unidades registadas. Apesar de terem sofrido também uma descida, Peugeot e Piaggio conseguiram mesmo assim aumentar ligeiramente a sua quota. A Yamaha foi uma das marcas que conseguiu registar um crescimento de relevo face a 2019, e mais do que duplicou a sua quota neste segmento.

As 125 cc estão quase em território positivo

O segmento das 125 cc parece ser o que está a reagir mais rapidamente após a pandemia, recuperando para uma perda de apenas 3,2% face aos primeiros sete meses de 2019. A Honda continua a comandar, mas voltou a registar uma descida e uma quebra na sua quota de mercado.

Ao contrário, Keeway e Yamaha registaram um relevante crescimento, com a primeira a conseguir mesmo superar a segunda na tabela de matriculas dos primeiros sete meses do ano, e com ambas a aumentar a sua quota neste segmento.

Descida continua a abrandar nas motos ‘grandes’

Nos motociclos acima de 125 cc a descida tem vindo também a abrandar, mas não com a intensidade das 125 cc. A quebra de 28% em Maio passou a 18% em Junho e agora chegou aos 13,2%, com 8049 unidades registadas entre Janeiro e Julho, face às 9275 do período homologo do ano passado. Apesar de uma quebra de cerca de quase 700 unidades a Honda mantém a liderança da tabela, onde não houve alterações em termos de ranking nas marcas mais vendidas face ao mês passado.

O mercado continua assim dar mostras de retoma, e alimentando a esperança de poder regressar aos números pré-pandemia.