Mercado nacional (Outubro): ainda em terreno negativo

O mercado nacional continua em terreno negativo, mas parece ter estabilizado em Outubro. O segmento das 125 cc continua a ser o mais popular.

Foram vendidas em Outubro menos de 2300 motos em Portugal, o que contribuiu para um acumulado ainda em terreno negativo. De Janeiro a Outubro venderam-se 27 792 unidades, 26 204 das quais acima de 50 cc. Isto representa um decréscimo de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A quebra nos ciclomotores foi a maior, 13,6%, enquanto que a 125 cc verificaram o menor decréscimo face aos primeiros 10 meses do ano passado, 3,3%. Se incluirmos triciclos e quadriciclos, a variação negativa total foi de 6,5%. Os número foram também inferiores em relação ao mês passado, Setembro.

Ciclomotores sempre em perda

Os ciclomotores continuam a sofrer a maior quebra de todos os segmentos. Com apenas 130 unidades vendidas em Outubro, menos 24% que no mesmo mês de 2019, no acumulado as ‘cinquentinhas’ perderam 13,6% face ao período homologo do ano passado, registando apenas 1588 unidades em 10 meses.

A SYM continua a ser a marca mais bem sucedida neste segmento, apesar de ter visto a sua quota de mercado encolher face ao ano passado. Mesmo assim, a marca de Taiwan vendeu quase o dobro de unidades da segunda marca na tabela do segmento, a Keeway.

125 cc também perdem, mas menos

O segmento mais popular em Portugal continua a ser o das 125 cc. Foram registadas 1124 unidades em Outubro, o que representa uma quebra de 16,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De Janeiro a Outubro vendaram-se 14 276 motos e scooters de 125 cc, menos 3,3% que mesmo período do ano passado.

Honda lidera destacada neste segmento, com pouco mais de 4000 unidades vendidas nos primeiros 10 meses, contra as 2571 da Keeway, que conseguiu registar um pequeno crescimento. A marca chinesa registou um aumento de 11,2 % – mais 259 unidades – do que no período homologo de 2019. Crescimento notório tiveram duas marcas relativamente recentes no mercado nacional, a UM, com mais 84,9% que no ano passado (com um total de 952 unidades), e a Zontes, com mais 97,6% (um total de 166 unidades).

Motociclos com mais de 125 cc com quebra de 8,4%

As motos ‘grandes’ sofreram uma quebra de 8,4% nos primeiros 10 meses deste ano, em relação ao ano passado. Foram registadas 11 928 motos com cilindrada acima de 125 cc de Janeiro a Outubro de 2020, contra as 13 017 de 2019. No que diz respeito apenas ao mês de Outubro, os números foram muito semelhantes aos do ano passado: 1034 em Outubro de 2020 contra 1037 de Outubro de 2019, o que representa uma variação negativa de apenas 0,3%.

A Honda foi a marca que mais unidades vendeu, mas a sua quota de mercado diminuiu. Ao contrário da Honda, Yamaha e BMW (apesar da marca dos três diapasões ter sofrido uma pequena quebra face ao ano passado) conquistaram quota de mercado; a marca alemã conseguiu crescer 16,2% em relação aos primeiros 10 meses do ano passado.

Se juntarmos todos os motociclos (>50 cc), a quebra do acumulado nos primeiros 10 meses do ano é de 5,7% face ao ano passado. Entre Janeiro e Outubro de 2020 venderam-se 26 204 motos com mais de 50 cc, enquanto que em 2019 esse número chegou às 27 780 unidades. Honda e Yamaha têm juntas quase metade da quota de mercado, 45,3%.