InícioDesportoMotoGP 2022 Américas – Enea Bastianini vence e é o novo sheriff!

MotoGP 2022 Américas – Enea Bastianini vence e é o novo sheriff!

Uma corrida intensa do Grande Prémio das Américas resulta na segunda vitória de Enea Bastianini. Miguel Oliveira esteve perto dos pontos mas cruzou a meta em 18º.

-

Depois de cinco Ducati ocuparem pela primeira vez na história de MotoGP as cinco primeiras posições da grelha, o que deixava antever uma vitória para a marca de Borgo Panigale no Grande Prémio das Américas, foi o jovem italiano Enea Bastianini (Gresini Racing) a sair por cima de todos os rivais no Circuito das Américas. Bastianini é o novo sheriff do traçado texano e regressa à liderança da categoria rainha.

A corrida 500 desde que a Dorna assumiu os destinos do Mundial de Velocidade viu as cinco Ducati manterem o domínio nas primeiras voltas do Grande Prémio das Américas. Jack Miller (Ducati Lenovo Team) acabou por ser aquele que melhor arrancou e assumiu as despesas da corrida de 20 voltas no COTA, e esteve confortável nessa posição até quase ao fim.

Atrás do australiano tínhamos Jorge Martin (Pramac Racing), que arrancou da “pole position”, logo seguido de Francesco Bagnaia e ainda com Johann Zarco a fechar as cinco primeiras posições. Aos poucos a potência das Ducati foi fazendo a diferença com Miller e Bastianini a serem os que mais se destacaram, depois Martin começar forte, mas apresentar um défice de rapidez ainda antes da primeira metade da corrida terminar.

AméricasNa frente da corrida apenas a Suzuki Ecstar de Alex Rins, de certa forma acompanhado pelo seu companheiro de equipa Joan Mir, conseguia intrometer-se neste domínio da Ducati. Rins, que já venceu o Grande Prémio das Américas, estava com um ritmo diabólico, precisamente no primeiro e sinuoso primeiro setor, o que lhe permitia colmatar algumas dificuldades de aceleração para as Ducati.

- PUBLICIDADE -

Lá atrás, e depois de um problema técnico no arranque que o fez descer praticamente para a última posição, Marc Márquez (Repsol Honda), exemplificava, com ultrapassagens fantásticas e alguns exageros pelo meio (sem consequências), o porquê de ser o melhor piloto de MotoGP no Circuito das Américas, e volta após volta o espanhol foi subindo na classificação.

Numa performance que certamente ficará na sua memória, Márquez acabou mesmo por cruzar a linha de meta na 6ª posição, defendendo-se dos ataques do campeão Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha), que nunca mostrou argumentos para discutir posições de pódio, mas terminou a corrida em bom plano depois de ter sido passado por Marc Márquez, com os dois a animarem o GP das Américas com ataques e contra-ataques constantes.

AméricasImunes a tudo isto que se passava mais para trás, Jack Miller e Enea Bastianini levaram para as últimas cinco voltas a discussão pela vitória.

O jovem italiano e que venceu o Grande Prémio do Qatar não se deixou atemorizar por estar a batalhar com o piloto de fábrica. Bastianini, a cinco voltas do fim, passa por Jack Miller em plena aceleração, com a sua Ducati Desmosedici GP21 a mostrar-se mais rápida do que a versão mais atual de Miller.

O australiano não queria deixar escapar a primeira vitória do ano, mas não mostrou argumentos para contrariar a rapidez de Enea Bastianini, que assim repete a vitória na temporada 2022 e torna-se no piloto que vence o Grande Prémio número 500 desde a que o Mundial de Velocidade está sob o domínio da Dorna.

Para Jack Miller os problemas ainda não tinham terminado depois de perder a primeira posição. Na realidade o australiano pagou a fatura das despesas da corrida durante 15 voltas. Tudo porque Alex Rins, como referimos anteriormente, estava endiabrado e rapidamente se aproximou da traseira da moto de Miller. O espanhol da Suzuki pressionou durante alguns momentos, conseguiu inclusivamente concretizar uma primeira ultrapassagem apenas para ser ultrapassado novamente na longa reta do Circuito das Américas.

- PUBLICIDADE -

Miller tentou por todos os meios salvar o segundo lugar, fechando a “porta” e optando por trajetórias mais defensivas sempre que conseguiu. Só que a velocidade em curva faz a diferença no último setor do traçado texano, e neste aspeto a Suzuki GSX-RR faz a diferença para a Ducati Desmosedici, e Alex Rins, na entrada para a penúltima curva na última volta, consegue finalmente ascender a segundo e assim terminar este Grande Prémio das Américas numa excelente posição.

Destaque para o facto de Rins ter conseguido o pódio #500 para a Suzuki com esta segundo lugar no COTA, somando os resultados da casa de Hamamatsu em todas as categorias do Mundial de Velocidade.

Mais uma vez Miller perdeu a vitória e depois um segundo lugar, mas consegue um sólido pódio e o terceiro lugar permite-lhe somar bastantes pontos.

AméricasQuanto à prestação do português Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory), já sabíamos que seria sempre uma missão quase impossível entrar em posições de pontos. Mas ainda assim o piloto luso arrancou bem, ascendeu cinco posições nos momentos iniciais, chegando inclusivamente a rodar em 14º por breves momentos.

Depois da confusão inicial e de muitas trocas de posição no meio do pelotão, Miguel Oliveira defendeu-se bem de qualquer toque que pudesse colocar em causa o resultado.

Estabilizou durante muitas voltas na 15ª posição, o que serviria para lhe garantir um ponto. O que, diga-se, tendo em conta o que aconteceu na sexta-feira e sábado, seria um bom resultado e até improvável de acordo com a antevisão de Miguel Oliveira para a corrida.

Miguel Oliveira, tal como Raul Fernandez (Tech3 KTM Factory), optou por correr com a sua KTM RC16 equipada com pneu dianteiro duro e traseiro médio. Uma escolha distinta do restante plantel de MotoGP para esta corrida, e que seria no sentido de garantir maior eficácia nas últimas voltas esperando que os pneus traseiros macios sofressem maior degradação.

Mas a aposta do português não surtiu efeito, e não só não conseguiu subir acima da 15ª posição, como acabou por perder três posições praticamente de seguida. Sendo assim, Miguel Oliveira terminou o Grande Prémio das Américas na 18ª posição e não somou qualquer ponto para a sua conta pessoal.

A próxima ronda do Mundial de Velocidade será o Grande Prémio de Portugal de 22 a 24 de abril no Autódromo Internacional do Algarve, aquela que será o primeiro fim de semana em solo europeu nesta temporada MotoGP 2022, e que alguns pilotos esperam que venha a ser o ponto de viragem nos resultados.

Resultados do GP das Américas – MotoGP

- PUBLICIDADE -

1 – Enea Bastianini – Gresini Racing

2 – Alex Rins – Suzuki Ecstar

3 – Jack Miller – Ducati Lenovo Team~

4 – Joan Mir – Suzuki Ecstar

5 – Francesco Bagnaia – Ducati Lenovo Team

6 – Marc Márquez – Repsol Honda

7 – Fabio Quartararo – Monster Energy Yamaha

8 – Jorge Martin – Pramac Racing

9 – Johann Zarco – Pramac Racing

10 – Maverick Viñales – Aprilia Racing

18 – Miguel Oliveira – Red Bull KTM Factory

Classificação de MotoGP após Grande Prémio das Américas

1 – Enea Bastianini – Gresini Racing – 61 pontos

2 – Alex Rins – Suzuki Ecstar – 56 pontos

3 – Aleix Espargaró – Aprilia Racing – 50 pontos

4 – Joan Mir – Suzuki Ecstar – 46 pontos

5 – Fabio Quartararo – Monster Energy Yamaha – 44 pontos

9 – Miguel Oliveira – Red Bull KTM Factory – 28 pontos

- PUBLICIDADE -