MotoGP 2022 – Antevisão de Miguel Oliveira do GP da Malásia

O piloto português está de regresso a Sepang onde já foi feliz. Agora em MotoGP, eis a antevisão de Miguel Oliveira ao GP da Malásia.

Miguel Oliveira

Os testes de pré-temporada já estão muito longe na nossa memória. Mas Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory), em antevisão ao Grande Prémio da Malásia, refere-se precisamente a esses mesmos testes que serviram de preparação para a temporada 2022 de MotoGP, para salientar que embora nunca tenha aqui competido na categoria rainha, ele e a KTM têm muita informação que podem usar ao longo do próximo fim de semana.

O piloto português enfrenta a penúltima ronda como piloto de fábrica da KTM, regressando ao traçado malaio de Sepang, onde em 2015 venceu na categoria Moto3, e dois anos depois voltou a subir ao degrau mais alto do pódio, mas então na categoria Moto2.

Este ano, Miguel Oliveira tem finalmente a oportunidade de participar na categoria MotoGP no Grande Prémio da Malásia, e revela ambição na obtenção de um bom resultado. O objetivo passa, claro, por continuar a somar pontos. Aliás, quantos mais melhor, obviamente, pois está a tentar subir novamente na classificação de pilotos.

Miguel OliveiraO luso encontra-se depois do GP da Austrália na 10ª posição do campeonato, com 135 pontos, menos um do que Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) e menos dois que Alex Rins (Suzuki Ecstar). Ascender ao oitavo posto da classificação é por isso o objetivo principal, um objetivo que, de acordo com Miguel Oliveira, sempre esteve nas suas cogitações:

“Quero certamente (chegar a 8º), até mesmo no início da temporada era um objetivo claro para mim. Não o disse habitualmente, mas queria ficar nos oito melhores do campeonato. Tenho estado dentro e fora desse top, mais próximo ou mais longe, mas espero que nestas duas corridas e com 50 pontos por disputar, espero fazer tantos quantos possível”.

Miguel OliveiraE pode essa ambição estar de alguma forma relacionada com um fator financeiro? Por exemplo, Jack Miller (Ducati Lenovo Team) não tem escondido a sua vontade de terminar sempre o mais acima possível, mesmo que isso por vezes dificulte a vida a Francesco Bagnaia, porque o bónus é significativamente melhor.

Para Miguel Oliveira, a ambição de subir a oitavo na classificação não tem nada a ver com questões de prémios financeiros que a KTM tenha de lhe pagar, é um objetivo “Em termos de posição, sim, mas não por causa do dinheiro. Preciso de o deixar claro para que o escrevam da maneira mais apropriada”.

Voltando à antevisão do fim de semana de Grande Prémio da Malásia, Miguel Oliveira faz questão de destacar que em Sepang será essencial encontrar forma de maximizar a tração das motos para garantir bons resultados:

“Penso que pode ser uma pista onde podemos ser competitivos. É apenas uma questão de gerir a tração que podemos ter com os pneus ao atacar nos momentos certos das sessões. Não é nada de novo, não há nada de particularmente específico como em Phillip Island, um circuito estreito e com vento. Podemos ter um fim de semana normal de corridas”.

E será que a tração, ou a falta dela em determinadas situações, é um problema exclusivo da KTM RC16?

Mais uma vez o piloto português dá a sua opinião afirmando que “Penso que é de uma forma geral. Todos estão a procurar retirar dos pneus o máximo de tração para o maior número de voltas. E não é fácil porque recebemos diferentes compostos em cada GP. É uma questão de termos também uma abordagem correta em termos de eletrónica. Porque temos de nos qualificar muito bem, mas temos ainda de olhar para a distância de corrida, e em Phillip Island vimos que foi difícil para todos chegar ao fim com boa aderência para atacar. Penso que não estou a dizer nada de loucos, mas a era moderna de MotoGP está muito relacionada com o quão bem conseguimos aproveitar os pneus. Não penso que seja específico da KTM”.

E depois conclui a sua antevisão da seguinte forma:

“É uma pista que gosto bastante. É um fim de semana onde penso que conseguiremos ter uma moto já competitiva desde base, e começar o fim de semana com o pé direito. Sabemos que os períodos da manhã serão os períodos mais propícios a fazer um bom tempo, sobretudo no sábado onde já temos a pista limpa e com bastante borracha. Portanto conseguiremos, à partida, que seja o treino com maior velocidade antes da qualificação. Como sempre vai ser importante nesses treinos livres estar dentro dos dez primeiros e conseguirmos qualificar bem para a corrida pois aqui essa posição de saída é bastante importante. Seria ótimo conseguir terminar o ano com mais um pódio”.

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