MotoGP 2022 – Sistema de ajuste da altura da dianteira banido!

A Comissão de Grandes Prémios anunciou decisão que proíbe a utilização do sistema de ajuste da altura da dianteira das MotoGP. Esta decisão é válida a partir de 2023.

MotoGP

Uma das grandes polémicas deste início de temporada MotoGP 2022 tem sido o novo sistema de ajuste da altura da dianteira dos protótipos da Ducati. Um sistema que atualmente permite alterar a altura em andamento, como já acontece desde 2021 na traseira. Esta inovação da casa de Borgo Panigale tem os dias contados no Mundial de Velocidade, pois a Comissão de Grandes Prémios anunciou que a partir de 2023 será banido o sistema.

Esta é uma decisão que vai contra as intenções da Ducati Corse liderada por Gigi Dall’Igna. A equipa italiana tem vindo a desenvolver diversas inovações, a última das quais os dispositivos de ajuste de altura da moto em andamento.

As restantes marcas que competem em MotoGP 2022 rapidamente reagiram contra esta novidade técnica, e tudo ficou então nas mãos da Comissão de Grandes Prémios.

MotoGPDa reunião realizada a 18 de março, saiu a decisão de que o sistema de ajuste da altura da dianteira das motos está proibido de ser utilizado. De acordo com o comunicado da CGP, esta decisão teve em conta as propostas que foram apresentadas no sentido de redução dos custos de desenvolvimento desta tecnologia, mas, principalmente, impedir o aumento da performance das MotoGP.

Esta última parte vai ao encontro da opinião de todas as marcas – exceto a Ducati – que afirmam que a utilização do sistema de ajuste da altura da dianteira da moto é perigoso, pois aumenta consideravelmente a velocidade máxima dos protótipos, e, por outro lado, coloca nas mãos do piloto mais uma coisa para fazer enquanto estão a completar a volta ao circuito, funcionando como um fator de “distração”.

MotoGPPit Beirer, da KTM, quando confrontado com esta questão dos sistemas de ajuste da altura da dianteira das motos em andamento, não escondeu o seu descontentamento e afirmou inclusivamente ter da parte da Brembo, especialistas que fornecem os travões a todas as equipas de MotoGP, a informação que os travões dos atuais protótipos estão no limite das suas capacidades devido às velocidades demasiado elevadas que estão a ser atingidas.

A Comissão de Grandes Prémios composta por Carmelo Ezpeleta (CEO da Dorna), Paul Duparc (FIM), Herve Poncharal (IRTA) e Biense Bierma (MSMA), com a assistência de Jorge Viegas (Presidente da FIM), Carlos Ezpeleta (Dorna), Mike Trimby (IRTA e secretário da reunião) e Corrado Cecchinelli (Diretor de Tecnologia), foi sensível e aceitou os argumentos que têm sido apresentados publicamente pela Aprilia, Honda, Suzuki, KTM e Yamaha.

Embora a partir de 2023 seja impossível alterar em andamento a altura da dianteira das motos, a Comissão de Grandes Prémios não impede a utilização do sistema na traseira. Ou seja, vamos continuar a ver as motos a baixar a traseira à saída das curvas enquanto aceleram nas retas.

Por outro lado, e apenas nos momentos de arranque, os pilotos poderão ajustar a altura da traseira da moto e também da dianteira, usando o denominado mecanismo de “holeshot”. O Diretor Técnico terá a responsabilidade de decidir o que é considerado como um mecanismo de ajuste da altura da dianteira da moto. E a sua decisão será final.