MotoGP 2023 – Afinal os jornalistas estão autorizados no Shakedown

Decisão de proibir os jornalistas no Shakedown de MotoGP em Sepang foi revertida. Francesco Guidotti da KTM diz que não entende proibição.

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Se não temos ação em pista, temos muito que falar fora dela. Tudo porque os fabricantes pediram à Dorna que impedisse a entrada e permanência de jornalistas no circuito de Sepang durante o Shakedown que vai decorrer de 5 a 7 de fevereiro no traçado malaio. A notícia causou enorme mal-estar entre os membros da imprensa especializada, e fãs, e no rescaldo das reações a Dorna atualizou a decisão e anunciou que afinal teremos jornalistas no circuito.

Com muitos jornalistas já com viagens e alojamentos pagos, e com os fãs desejosos de verem as primeiras imagens dos protótipos de MotoGP em pista e perceberem o que está a ser testado pelos fabricantes tendo em vista a temporada 2023 da categoria rainha, a decisão de permitir jornalistas no Shakedown de Sepang foi bastante bem recebida por todos.

A Dorna, no entanto, avisa em comunicado que os membros da imprensa autorizados a marcar presença nos três dias de testes onde estarão apenas os pilotos de testes de MotoGP, e ainda o único “rookie” da categoria este ano, Augusto Fernández, apenas poderão estar no paddock, na sala de imprensa e ainda usarem os caminhos de serviço em redor do circuito malaio.

shakedownA proibição mantém-se para a zona do pit lane, um local habitualmente usado pelos jornalistas e fotógrafos que acompanham MotoGP para tirar fotos aos detalhes e novidades dos protótipos.

Se jornalistas e fãs aplaudem a reversão da decisão inicial de proibir imprensa no Shakedown, também se sabe agora, por intermédio do italiano Francesco Guidotti, diretor desportivo da Red Bull KTM Factory Racing, que o pedido para impedir jornalistas de entrarem em Sepang partiu apenas de um fabricante.

Em declarações concedidas ao portal italiano GPOne, Guidotti revela que “Fiquei realmente surpreendido com as notícias. Sempre tivemos o Shakedown em Sepang há quantos anos já, uns 20? Não me recordo. Inicialmente eram testes privados que as equipas organizavam, mas com a constante redução de dias de testes eles tornaram-se em testes IRTA por questões de organização. Fiquei a saber há poucos dias da proibição a vocês, jornalistas. Honestamente, dizer isto quinze dias antes, eu penso que é inaceitável”, começou por referir o responsável da KTM.

Guidotti garante que da parte do fabricante austríaco, que terá Dani Pedrosa em pista no Shakedown aos comandos da nova RC16, não existe qualquer problema em conviver com jornalistas no circuito.

Refere mesmo que “A comunicação é conveniente para toda a gente”, mostrando claramente vontade em colaborar com a imprensa na partilha das novidades que podem ser partilhadas publicamente, e, em última análise, dar aos fãs de MotoGP uma visão mais interessante sobre o campeonato e o trabalho de cada fabricante.

No entanto, e apesar de inicialmente a Dorna referir que foram “as equipas” que pediram a proibição dos jornalistas no Shakedown de Sepang, Francesco Guidotti realça que essa noção não estará correta.

Sem querer nomear o fabricante em questão, Guidotti diz que foi um, “Sim, o fabricante habitual. Eles queixaram-se porque durante os testes eles têm de colocar os painéis a tapar as motos quando elas regressam à box, mas estamos a falar de uma insignificância. Se eles têm alguma coisa a esconder, então que a escondam”.

Os rumores apontam para que seja um fabricante japonês que terá pedido que o Shakedown de Sepang de MotoGP seja vedado aos jornalistas. Se isso for verdade, e com a saída da Suzuki este ano, significaria que o pedido teria sido feito ou pela Honda, ou pela Yamaha.

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