MotoGP 2023 – Miguel Oliveira rodou em Misano, mas regresso em Mugello é incógnita

Miguel Oliveira marcou presença no Aprilia All Stars e voltou a andar na sua Aprilia RS-GP em Misano. Mas o regresso ao MotoGP em Mugello é ainda uma incógnita.

Para todos os portugueses e fãs de Miguel Oliveira a pergunta que continua sem resposta é quando é que o piloto da CryptoData RNF Aprilia fará o seu regresso, há muito aguardado, ao MotoGP? Esse regresso esteve em cima da mesa para Le Mans por ocasião do Grande Prémio de França, mas a verdade é que o piloto luso não estava ainda em condições de competir.

Agora, e dias depois de Miguel Oliveira ter estado presente no circuito de Misano, onde foi uma das estrelas em destaque na grande festa que foi o Aprilia All Stars, que aconteceu no passado dia 27 de maio e juntou mais de 15 mil pessoas no traçado italiano, os fãs do piloto português começam a perspetivar um possível regresso no Grande Prémio de Itália em Mugello.

A verdade é que em termos de prazos de recuperação, o GP de Itália vai acontecer de 9 a 11 de junho, o que significa que já terão passado mais de cinco semanas de recuperação da lesão no ombro e fratura do úmero do braço direito, lesão sofrida a durante o GP de Espanha no fim de abril. Um período de tempo que foi sendo avançado como o mínimo para um possível regresso.

miguel oliveiraTendo em conta este “timing”, o tema do regresso de Miguel Oliveira à competição foi, claro, um tema em destaque no passado fim de semana, com o piloto português a conceder algumas declarações ao canal italiano Sky Sport:

“Estou bem para fazer uma vida normal em casa. Para andar de moto o problema maior é a mobilidade e a força. Estar em Mugello? Não vejo isso muito claro ainda. Não temos a certeza em que ponto estarei para rodar bem com a MotoGP. Veremos na semana do Grande Prémio como estarei”, referiu o piloto natural de Almada, deixando assim mais dúvidas do que certezas sobre o regresso ao MotoGP em Mugello.

Em conversa com o website oficial de MotoGP, Miguel Oliveira adiantou mais detalhes sobre a sua recuperação:

“O ombro é algo que não é fácil de recuperar, mas estamos a fazer o melhor que podemos em conjunto com a fisioterapia para colocar o ombro novamente num bom nível de performance. Fiz um par de voltas com a MotoGP, apenas para os fãs, sem puxar, mas ainda me sinto muito pouco confortável na moto, por isso não sei se serei capaz de competir em Mugello, e vou esperar pela semana do GP para saber se consigo ou não”.

E quando eventualmente regressar à competição, Miguel Oliveira terá pela frente o desafio de reentrar numa categoria ao mais alto nível, onde a competitividade está ao máximo. Como é que o português antevê esse regresso?

“Eu quero regressar a 100% para ser competitivo. Isto é o principal objetivo, sei que será difícil em cada corrida que falto, perco ritmo, por isso tenho de regressar de uma forma segura e sem pensar em qualquer lesão. Por isso terá de ser pela forma como me sinto com o meu corpo, terá de ser a 100%. Sei que posso fazer bons resultados. De momento é bastante difícil, e é uma pena que não tenha conseguido fazer mais corridas ao domingo pois sei que o resultado estaria lá, mas temos de olhar em frente e ver os pontos positivos”.

Por outro lado, e sempre atento ao seu piloto, Razlan Razali, responsável máximo da equipa CryptoData RNF Aprilia, é também mais uma das pessoas que aguarda ansiosamente por saber ao certo quando poderá voltar a contar com aquele que é o seu melhor piloto.

O responsável malaio referiu que “Se o Miguel anda de moto em Misano, poderá fazê-lo em Mugello”, mostrando algum otimismo pela presença de Miguel Oliveira no traçado italiano.

Faltam agora menos de duas semanas para o primeiro treino a contar para o Grande Prémio de Itália. Durante os próximos dias o piloto português irá prosseguir com o programa de recuperação conservador (que não envolve operação) ao úmero esquerdo.

Depois, e caso os sinais de recuperação assim o permitam, Miguel Oliveira terá de receber o “OK” dos médicos de MotoGP para ser considerado apto a competir. E, no fim deste processo médico, terá ainda de rodar com a sua Aprilia RS-GP 22 durante os treinos do GP de Itália de forma a perceber ao certo qual a sua condição física e se será capaz de aguentar o esforço de pilotar um protótipo de MotoGP em condições de exigência máxima.

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Fotos: Miguel Oliveira e Aprilia