O GP de França ficou marcado pelo regresso de Miguel Oliveira, ausente desde que foi derrubado por Fermin Aldeguer na Sprint do segundo GP do ano, na Argentina.
Optando por não ter sio operado à lesão externo-clavicular, o piloto da Prima Pramac Yamaha passou as últimas semanas em recuperação. Este fim de semana teve luz verde dos médicos para regressar à competição. Mas isso não quer dizer que esteja em plena forma. Como explicou o Dr. Gonçalo de Moraes Sarmento aos microfones da Sport TV, nas primeiras três semanas Oliveira não pôde fazer qualquer tipo de preparação física. Isso levou a uma inevitável atrofia muscular. Agora levará algum tempo a recuperar o músculo e a força.
Re-econtro com a Yamaha M1, agora diferente
Algo perfeitamente compreendido pela equipa, como confirmam as declarações de Gino Borsoi: «Para o Miguel, este GP é para recuperar o físico e o ritmo, e é isso mesmo que ele está a fazer.»
Para além disso, Miguel Oliveira encontrou em Le Mans uma Yamaha M1 já algo diferente daquela que pilotou no primeiro GP do ano, o que obriga também a um período de adaptação. Desde meados de março, a M1 sofreu uma evolução na ciclística e no motor. A marca japonesa trouxe um renovado quatro em linha para este GP de França, depois de aprovado pelos pilotos nos testes de segunda-feira pós-GP de Espanha, em Jerez.
Para Miguel Oliveira, este seu primeiro GP após a lesão não era para penar em resultadoas, mas sim em recuperar sensações e ritmo. Depois de ter sido 21.º nos treinos ‘pré-qualificação’ na sexta, na primeira qualificação o piloto da Primas Pramac Yamaha não foi além da 10.º posição. Isso corresponde ao 20.º lugar da grelha de partida.
Fim de semana difícil
Na Sprint, chegou a rodar na 18.ª posição, mas acabou por sofrer uma saída de pista, regressando à 20.ª posição, que acabou por ser o seu resultado final.
«Eu sabia que ia ser um fim de semana de luta e paciência, uma vez que estou longe de estar na condição física ideal. Estar apenas algumas semanas afastado destas motos é suficiente para tornar tudo mais difícil quando regressamos. Não sinto dores na zona em que me magoei, mas sinto falta de força muscular – tenho dificuldade com os ombros e braços, especialmente porque esta é uma pitsa exigente do ponto de vista físico, com muitas mudanças de direção. Consigo manter um ritmo decente durante algumas voltas mas, inevitavelmente, começo a ceder. Mas eu estava preparado para isto, e não vou apressar as coisas», explicou Oliveira após a Sprint.
Este domingo o desafio será ainda maior, com uma corria de 27 voltas ao circuito de Le Mans, mas tudo faz parte do processo de regresso ao campeonato. Para além de que as prestações de Fabio Quartararo mostram que a Yamaha M1 está cada vez mais competitiva, o que deverá ser mais uma motivação para o regressado Miguel Oliveira.
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