Todos os pilotos de MotoGP são seres humanos e atletas especiais. Pilotar um protótipo moderno, repleto de eletrónica e aerodinâmica, no limite, enquanto têm de se enfrentar em batalhas épicas, é algo que apenas alguns pilotos têm capacidade para fazer e obter sucesso. E dentro destes podemos destacar alguns nomes, como o de Pedro Acosta.
O piloto espanhol da Red Bull KTM Factory é já um campeão em Moto3 e Moto2, e desde que chegou à categoria rainha MotoGP na temporada passada, então com a Tech3 a defender as cores da GasGas, aquele que também é conhecido como ‘Tiburón’ de Mazarrón lançou-se à conquista das vitórias em MotoGP.
Essas vitórias ainda não apareceram, mas isso não impede Pedro Acosta de manter a confiança nas suas capacidades, tornando-se esta temporada no principal piloto da Red Bull KTM Factory. Isso mesmo fica patente nas palavras do diretor desportivo da equipa austríaca, Pit Beirer, que já fala em manter Acosta na ‘família laranja’ por mais tempo do que o atual contrato define.
Porém, os desejos da KTM poderão não se concretizar. Isto porque de acordo com informações inicialmente reveladas pelo diário espanhol AS, Pedro Acosta poderá estar tentado a seguir a sua carreira em MotoGP fora da KTM. E onde é que poderemos ver o espanhol a competir? Na Ducati!
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O diário AS refere que essa opção já está a ser considerada por todas as partes envolvidas na mudança, mas nenhuma decisão está tomada. Pedro Acosta vai aguardar para perceber o que a KTM RC16 é capaz de fazer ao longo da temporada 2025 de MotoGP. E caso se mostre competitiva, então a permanência na KTM será garantida.
Em reação a esta possibilidade de mudança da KTM para a Ducati, o empresário do piloto, Albert Valera, referiu em declarações ao portal online do AS que “Esperamos que as coisas corram bem com a KTM e seja possível ficar muitos anos. Depende da KTM. O Pedro está comprometido com a marca e o objetivo dele é conquistar títulos mundiais com a KTM”.
Porém, e mesmo com o futuro da KTM no MotoGP aparentemente a estar assegurado, acreditando nas palavras confiantes de Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, que já confirmou que decorrem negociações para renovar o contrato com a KTM para lá de 2027, a verdade é que o contrato de Pedro Acosta com a marca austríaca parece conter uma alínea em que entra em jogo a definição de ‘competitividade’ da KTM.
Pedro Acosta tem um contrato que durará mais dois anos. Mas o piloto, e o seu empresário, estarão atentos à referida cláusula de competitividade da moto austríaca. Isto porque se a temporada não correr bem, poderá abrir-se a porta de saída da KTM ao abrigo dessa cláusula, abrindo-se, entretanto, outra porta: a da Ducati!
Essa possibilidade de Pedro Acosta rumar à marca italiana parece estar a começar cada vez mais consistência.
Não apenas pelas informações avançadas pelo diário AS, mas também por um conjunto de novas declarações proferidas pelo próprio piloto ao mesmo meio de comunicação já em plena preparação para o Grande Prémio da Argentina de MotoGP que acontece este fim de semana no circuito Termas de Rio Hondo – clique aqui para ver os horários completos.
Não só Acosta declara a sua admiração pela Ducati e pelo diretor geral da Ducati Corse, Gigi Dall’Igna, como vai mesmo mais longe e, tendo em conta tudo o que já referimos anteriormente, o piloto espanhol deixa uma clara declaração de intenções para o seu futuro: “O que é que eu gosto (na Ducati)? Gostaria de poder experimentar uma para dizer o que eu gosto mais nessa moto do que na minha”.
Para juntar um pouco mais de ‘rumores’ a estas informações, recordamos que ainda durante a paragem de inverno do MotoGP tivemos Pedro Acosta a ser um dos convidados de destaque para os 100 KM dei Campioni, prova realizada no Rancho de Valentino Rossi.
Embora nenhuma das partes o confirme, há quem diga que esse convite endereçado a Pedro Acosta por parte do nove vezes campeão mundial tinha como ‘segundas intenções’ aproveitar os dias no Rancho em Tavullia para aliciar o piloto espanhol a aceitar a mudança para a equipa VR46.
Refira-se que, desde esta temporada, a Ducati Corse passou a ter na Pertamina Enduro VR46 a sua equipa satélite de preferência. Ou seja, das três motos com especificação de fábrica mais atual que a marca italiana utiliza em MotoGP, duas estão naturalmente entregues aos pilotos da equipa de fábrica, e a terceira está entregue à VR46, sendo este ano pilotada por Fabio di Giannantonio.
Pedro Acosta poderia então, caso se mudasse para a equipa de Valentino Rossi, estar aos comandos de uma Ducati com especificações de fábrica. No entanto, isto também obrigaria a Ducati a repensar o seu projeto desportivo. Isto porque o contrato de Fermín Aldeguer (BK8 Gresini Racing) prevê que o espanhol que este ano se estreia em MotoGP, terá contratualmente direito a usufruir de uma moto com especificações de fábrica em 2026.
Sendo que a Ducati Corse definiu que apenas coloca em pista três motos dessa especificação, a marca italiana teria então de rever o número dessas Desmosedici GP aumentando-o para quatro motos em pista, de forma a dar a Pedro Acosta e Fermín Aldeguer aquilo que os pilotos espanhóis desejam.
Veremos agora qual será a evolução desta situação que, a acontecer, poderá agitar bastante o mercado de pilotos de MotoGP que, fruto da grande maioria dos pilotos terem contratos válidos por várias temporadas, parecia que seria um ano bastante tranquilo a este nível. O trio Pedro Acosta, KTM e Ducati promete dar que falar!
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