MotoGP: Brembo revela uso de travões em Red Bull Ring

A Brembo revela alguns dados sobre o uso de travões pelos pilotos de MotoGP e F1 no circuito austríaco de Red Bull Ring.

A Brembo revela alguns dados sobre o uso dos seus sistemas de travões no Grande Prémio da Áustria em MotoGP. Isto, seis semanas depois de receber a Fórmula 1, no circuito de Red Bull Ring, em Spielberg.

O Red Bull Ring fica localizado perto do aeroporto militar de Zeltweg, sendo uma pista que foi recentemente renovada. Tudo graças a um grande “empurrão” de Dietrich Mateschitz, o co-fundador da empresa da bebida energética Red Bull.

O Mundial de Velocidade de motos chegou pela primeira vez ao novo circuito em 2016, estabelecendo, por volta, uma média de velocidade  de 186 km/h nas sessões de qualificação.

MotoGP vs Fórmula 1

A pista tem poucas curvas, apenas 10, com as muitas rectas concentradas perto da linha da meta. Todavia, os travões não são necessários para todas as curvas. No entanto, em todas as curvas em que as motos travam, também os monolugares de Fórmula 1 são forçados a fazê-lo. Só que com uma intensidade distinta. Não há comparação possível de velocidade entre os carros e as motos em curva.

As muitas ondulações da pista complicam a decisão dos pilotos na hora de travar. Há uma diferença de 65 metros entre o ponto mais alto e o mais baixo do circuito. E o declive mais acentuado tem um desnível de 9,3%.  De acordo a Brembo, que auxilia todas as equipas do MotoGP, o Red Bull Ring é muito exigente. Numa volta completa, os pilotos do MotoGP usam os travões 7 vezes, num total de 28 segundos. Numa escala de 1 a 5, a dificuldade está ao máximo (5), a mesma pontuação atribuída aos circuitos de Barcelona, ​​Motegi e Sepang.

Dos 7 momentos de travagem no Red Bull Ring, os 3 primeiros são muito exigentes, bem como o penúltimo, enquanto os restantes 3 são de baixa dificuldade.

Curva Castrol Edge (1)

A travagem mais desafiadora é na Castrol Edge (curva 1), pois está localizada no ponto mais rápido da pista, com as motos de MotoGP a alcançarem a curva a 312 km/h e depois travam por 4,4 segundos para os 99 km/h. Aqui os pilotos colocam 5,9 kg de pressão na manete de travão e são submetidos a uma desaceleração de 1,5 g.

Já os monolugares de Fórmula 1 alcançam antes dessa mesma curva uma velocidade um pouco maior (331 km), e são capazes de entrar a 158 km/h e, o mais importante, é que podem pisar travões sem medo de capotar: a travagem dura apenas 1,57 segundos e 99 metros, menos de metade da distância (229 metros) exigida para as motos de MotoGP.

Curva Rauch (4)

O tempo e a distância de travagem são ainda maiores para a curva Rauch (curva 4). Em parte devido à inclinação para baixo: 274 metros e 5,7 segundos para descer de 292 km/h a 85 km/h. Aqui a desaceleração é de 1,4 g, enquanto que para os pilotos de Fórmula 1, aumenta para 5,2 g. A pressão do fluido de travões Brembo HTC 64T nas motos de MotoGP sobe para 11,9 bar. Atinge o pico de 12,6 bar na curva Castrol Edge.

Curva Remus (3)

A curva Remus (curva 3) é a mais lenta da pista, com uma velocidade de 64 km/h à entrada. Os pilotos usam os travões durante 5,5 segundos, colocando uma carga de 5,1 kg na manete.  Portanto, aqui a comparação com os F1 é mais aproximada. Isto porque, os travões destes são usados ​​por 2,59 segundos para caírem para 84 km/h.

O Mundial entra em pista na próxima sexta-feira, dia 9. A corrida é a 11 de agosto.

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