Foram dois dias de testes oficiais do Mundial Feminino (WCR) no circuito de Cremona que serviram para as 23 pilotos do campeonato 2025 afinarem as suas Yamaha R7 tendo em vista o arranque da temporada em Assen, dentro de uma semana. Para a portuguesa Madalena Simões, estes dias serviram para descobrir a sua nova moto, ajustar os detalhes e estratégias, descobrir um novo circuito e novas adversárias.
Foi, por todas estas razões, um teste oficial bastante importante para a jovem portuguesa de 24 anos que, em 2025, regressa às pistas após uma longa paragem.
Madalena Simões e a equipa FB Racing estrearam-se no Mundial Feminino, tendo a piloto que ostenta o #22 nas carenagens da moto japonesa conseguido melhorar o seu registo pessoal nas diversas sessões em pista ao longo dos dois dias. No final do primeiro dia a sua melhor volta foi de 1m47.250s, sendo que no segundo e último dia de teste no técnico traçado italiano de Cremona o tempo baixou para 1m46.420s.
Ainda assim, o dia não foi totalmente isento de problemas. Madalena Simões sofreu uma queda na segunda sessão em pista, na curva 6, o que lhe retirou alguma confiança. Fechou o teste com o 23º registo, sendo que a piloto mais rápida em pista foi a espanhola Maria Herrera (Klint Forward Racing) com um tempo de 1m40.503s.
Depois deste primeiro contacto com o plantel mundialista, a Madalena Simões já falou em exclusivo com a Revista Motojornal, contando-nos o que aconteceu nesta estreia em Cremona com o Mundial Feminino e a sua Yamaha R7:
“No fundo o balanço até foi positivo porque havia poucas raparigas que não conheciam a pista. Penso que duas ou três. Eu não conhecia mesmo (o circuito) de todo, ao início andei às aranhas, como é normal num circuito novo, ambiente novo, moto nova porque na realidade para treinar fiz 400 km com a R7 e não conheço tudo. Mas consegui inserir-me no ritmo das outras rookies, o que não foi nada mau, porque elas estão no ativo e eu estive parada três anos e meio. Faz diferença. Mas no primeiro dia fui mais rápida do que elas, no segundo dia de manhã também, cada vez que saía para uma sessão estava a baixar cerca de um segundo. Estava a ir muito bem. E depois numa das sessões da manhã já estava quase nos 45. Só não fiz 45 porque houve uma ou duas voltas em que tive de fazer uma ou duas ultrapassagens e ali é tanta moto em pista e eu não estou habituada, e num circuito pequeno apanhas sempre alguém em algum lado, e é difícil fazer uma volta limpa. Mas eu já tinha rodado perto dos 45 segundos, e nesse momento caí, fiz um grande ‘highside’ na saída da curva 6, duas horas para voltar a montar a moto, perdi uma sessão, e perdi bastante a confiança porque foi uma valente queda, por acaso não me aleijei, mas foi uma queda tramada que me desestabilizou psicologicamente e demorei umas duas ou três sessões para depois voltar a sentir-me confortável. E depois o dia acabou. Mas estou confiante que aquelas duas pilotos que terminaram à minha frente estão ao alcance, na medida em que a volta mais rápida que elas fizeram foi atrás de mim, portanto de certa forma fui eu que lhes mostrei. Mas no geral não estou muito longe do grupo à minha frente e penso que será recuperável e quando voltar à pista será diferente, a minha segunda vez, estarei mais à vontade. Isto é como eu já tinha dito: este é o ano zero. Mais com o intuito de descobrir e aprender as pistas”.
A Madalena Simões voltará agora a juntar-se às restantes pilotos do Mundial Feminino no circuito de Assen, Países Baixos, mais um traçado totalmente desconhecido para a piloto portuguesa, a meio da próxima semana, onde vai competir oficialmente pela primeira vez na temporada 2025.
Na Revista Motojornal #1581, já nas bancas e que pode adquirir online aqui , encontra uma entrevista completa à Madalena Simões, onde a jovem de Sintra nos conta todos os detalhes do que aconteceu para deixar as pistas, para o seu regresso, e onde faz uma antevisão do que será a sua temporada de estreia no Mundial Feminino.
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