Terminou em grande mais uma edição da ronda portuguesa do Mundial de Motocross. O MXGP Portugal 2025, com organização a cargo do Águeda Action Club – ACTIB, disputado no fantástico Crossódromo Internacional de Águeda, voltou a trazer até Portugal os melhores pilotos do Mundo. E os muitos fãs que assistiram ao vivo às sessões em pista foram recompensados com um grande espetáculo de MX!
Em termos competitivos, e tendo a chuva e a lama sido novamente ‘convidados indesejados’ no domingo, tal como tinham sido no dia de sábado conforme a Revista Motojornal aqui publicou, os pilotos das categorias MXGP, MX2, EMX250 e EMX125 enfrentaram condições de pista que elevaram o nível de exigência para o patamar mais elevado.
Lucas Coenen e Andrea Adamo foram os vencedores do Grande Prémio de Portugal nas classes de MXGP e MX2, respetivamente. Os pilotos da Red Bull KTM Factory Racing não se limitaram a vencer. Na verdade, o seu domínio foi avassalador e fizeram o pleno ao longo do fim de semana de MXGP Portugal 2025: ganharam a corrida de qualificação e as duas mangas. Ambos demonstraram uma ótima adaptação ao Crossódromo Internacional de Águeda, e foi com uma certa naturalidade que acabaram por subir ao degrau mais alto do pódio.
Na classe principal, Lucas Coenen impôs-se com estrondo. O belga liderou as duas mangas do início ao fim. Romain Febvre acompanhou-o de perto tanto na primeira, como na segunda manga, mas nunca foi capaz de ultrapassar Coenen, contentando-se com o segundo lugar. E depois ficou Ruben Fernández, da equipa Team HRC, que também repetiu o terceiro lugar nas duas corridas, sendo de realçar que o piloto da Honda teve em Águeda um forte apoio, pois, recordamos, o piloto é natural da Galiza e há muito que compete neste circuito.
Com esta combinação de resultados, Coenen saiu de Águeda com 50 pontos ‘no bolso’ e cimenta o terceiro posto na classificação do campeonato. Febvre pode não ter vencido, mas aproveitou da melhor forma a ausência forçada por lesão de Tim Gajser em Águeda para aumentar a diferença no campeonato. O francês lidera com 330 pontos, mais 25 do que Gajser. Coenen tem 287 pontos.
Em MX2, Andrea Adamo ganhou as duas mangas de Águeda, exibindo-se alto nível. Na primeira corrida, Simon Längenfelder, o seu companheiro de equipa, foi o segundo classificado, seguido do líder do campeonato, Kay de Wolf, piloto da Nestaan Husqvarna Factory Racing.
Na segunda manga, Sacha Coenen, que também faz parte da equipa da Red Bull KTM Factory Racing, foi segundo. Kay de Wolf foi novamente terceiro. Com estes resultados na ronda portuguesa MXGP Portugal 2025, a luta pelo título de MX2 entre De Wolf e Längenfelder continua muito renhida.
De Wolf lidera a corrida ao título com 328 pontos somados até ao momento, apenas mais quatro pontos do que o rival alemão. Quem teve um fim de semana muito produtivo foi Adamo, que reduziu a distância para a frente do campeonato ao arrecadar 50 pontos fruto das duas vitórias. Está agora em terceiro na classificação com 318 pontos acumulados na sua conta pessoal.
Uma nota para o facto dos dois “wildcard” portugueses, Luís Outeiro, em MXGP, e Sandro Lobo, em MX2, não terem conseguido ir além das corridas de qualificação.
Os pilotos da Motos VR Yamaha não alinharam nas corridas de domingo por decisão da equipa. Uma opção cuja responsabilidade foi assumida pelo responsável máximo da equipa, Vitor Cândido, que nas redes sociais, mais especificamente na página MX em Números, de Jorge Ró Jr., justifica-se da seguinte forma:
“Foi uma opção da equipa, da minha responsabilidade, infelizmente não estavam reunidas as condições para contribuirmos para o espetáculo. Apenas íamos sofrer, estragar material e correr riscos físicos sem necessidade. Participar numa prova destas neste contexto só faz sentido se os pilotos arriscarem e derem tudo o que tem para dar (era esse o nosso objetivo), não conseguindo contribuir, em nossa opinião, claro, não fazia sentido. Pedimos desculpa a todos os que gostam dos nossos pilotos. Temos outros objetivos a alcançar e pensamos nisso. Outras oportunidades virão!”.
Nas EMX250 do Campeonato Europeu de Motocross, Janis Reisulis bisou. O piloto letão, da Yamaha, ganhou a segunda manga depois de também ter vencido na primeira. Noel Zanocs, Honda, foi segundo, e Nico Greutmann, Husqvarna, foi terceiro. O melhor piloto português nesta categoria foi Martim Espinho, KTM, que terminou em 25º. Tomás Santos, Triumph, ficou no 38º lugar.
Nas contas do campeonato, Reisulis reforça a liderança, e soma agora 176 pontos. Zanocs e Garcia estão próximos, com 164 e 162 pontos, respetivamente.
Depois de ter liderado a primeira manga no sábado, e ter caído para quarto, Mano Faure, piloto francês da Yamaha, ganhou a segunda manga em EMX125 com um domínio absoluto. Faure venceu com uma vantagem de 39 segundos. Cole McCullough, da Fantic, foi segundo, e Jekabs Kubulins, da Yamaha, ficou em terceiro.
Nas EMX125 as cores portuguesas ‘sorriram’, pois o piloto algarvio Gonçalo Cardoso melhorou a sua prestação face à primeira corrida. O piloto português, aos comandos de uma Husqvarna, terminou a segunda manga na 19ª posição, tendo rodado a corrida sempre entre os vinte melhores.
Em clara fase de evolução nesta participação no EMX125, Gonçalo Cardoso conseguiu então pontuar pela primeira vez, somando 2 pontos, sendo que na geral do GP de Portugal ficou em 26º.
Na conjugação das duas mangas, Mano Faure foi o vencedor da etapa portuguesa de EMX125, com 43 pontos. No campeonato de EMX125, Áron Katona mantém a liderança, com 217 pontos, seguido dos italianos Bellei (194 pontos) e Alvisi (192 pontos).
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