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Novidades Ducati 2020

A Ducati apresentou as suas novidades para 2020 em Rimini, duas semanas antes do EICMA em Milão.

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Texto: Vitor Martins

A Ducati apresentava habitualmente as suas novidades do ano seguinte na véspera da abertura do Salão de Milão. Há dois anos começou a fazê-lo dois dias antes, no domingo anterior à abertura das portas do Milano-Rho Trade Fair Centre; este ano antecipou ainda o evento. A Ducati escolheu o Palacongressi di Rimini e anunciou as suas novidades para o próximo ano 15 dias antes do EICMA – Salão de Milão.

Para 2020 a Ducati tem novos modelos e novas versões de modelos existentes, para além das habituais actualizações nos restantes.

Ducati StreetFighter V4

Ducati Streetfighter V4S
Ducati Streetfighter V4S

Pagnigale v4/S

Ducati Panigale V4S
Ducati Panigale V4S

Panigale V2

Ducati Panigale V2
Ducati Panigale V2

Ducati Streetfighter V4

Uma das grandes novidades é a Streetfighter V4, disponível também na versão V4S. A Supernaked italiana é praticamente uma Panigale V4 sem carenagens, mas mesmo assim exibe dois pares de asas laterais para garantir a estabilidade a alta velocidade e impedir que a roda dianteira flutue sob a influência dos 208 cv produzidos pelo motor Desmosedici Stradale de 1103 cc de quatro cilindros em V a 90°. As asas geram 28 kg de força aos 270 km/h. As asas contribuem ainda para um melhor fluxo de ar nos radiadores de água e óleo. Com apenas 178 kg de peso na versão S (180 kg na versão base), a Streetfighter V4 tem uma relação peso/potência de 1,17 cv por kg, que a Ducati reivindica ser 25% melhor que a rival mais próxima.

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A electrónica mais recente

O motor Desmosedici Stradale foi equipado com o conjunto electrónico da Panigale V4, incluíndo a IMU de seis eixos e todas as ajudas à condução: ABS Cornering EVO; Ducati Traction Control (DTC) EVO 2; Ducati Slide Control (DSC); Ducati Wheelie Control (DWC) EVO; Ducati Power Launch (DPL); Ducati Quick Shift up/down (DQS) EVO 2; Engine Brake Control (EBC) EVO.

O motor é usado como membro esforçado do quadro Front Frame já conhecido de outros modelos.

A versão S difere da base na adopção de suspensões electrónicas Öhlins – forquilha NIX30 de Ø43 mm e amortecedor TTX36 com controlo do software Öhlins Smart EC 2.0 -, amortecedor de direcção electrónico e jantes Marchesini de alumínio forjado. A versão base tem suspensões Showa, com uma forquilha BPF de 43 mm à frente; atrás tem um amortecedor Sachs; o amortecedor de direcção é também Sachs.

A travagem está a cargo de um sistema Brembo com pinças Stylema monobloco de montagem radial, de quatro êmbolos, com discos de Ø330 mm, à frente, e uma pinça de dois êmbolos e disco de Ø245 mm atrás.

Panigale V4/S

Na reformulação desportiva da marca italiana, os engenheiros ouviram os utilizadores e a imprensa e procuraram conseguir uma moto mais fácil de explorar. Para isso trabalharam na ciclística, na electrónica e na aerodinâmica da Panigale V4 e Panigale V4S. Os mapas do acelerador electrónico foram redesenhados para garantir uma melhor ligação mão direita-roda traseira, de modo a que o condutor/piloto possa controlar em pleno os 214 cv e 124 Nm do motor Desmosedici Stradale de 1103 cc. Além de contar com todos os sistemas electrónicos, do controlo de tracção ao quick shift, estes passam a contar com uma nova estratégia de ‘previsão’, de modo a optimizar a saída de curva e a tornar as passagens de caixa ainda mais rápidas.

Front Frame

Em termos de ciclística, a V4/V4S recebe o Front Frame, o mesmo da V4R, e foram alterados a distribuição de peso e centro de gravidade, que está agora mais alto, mas mantém a geometria de direcção. Tudo para facilitar a entrada em curva e melhorar o feedback ao condutor. Enquantro que a versão base usa uma foruilha Showa BPF de Ø43 mm e amortecedor traseiro Sachs, a S diferem usa suspensões electrónicas Öhlins, com forquilha NIX30 de Ø43 mm e amortecedor TTX36 com controlo do software Öhlins Smart EC 2.0, e em ambas as versões o amortecedor traseiro tem molas mais macias mas com maior pré-carga, melhorando o funcionamento sobre pequenas irregularidades e também o comportamento sob travagem. No sistema de travagem encontramos um sistema Brembo Stylema.

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A Panigale V4 e V4S recebem também um novo conjunto aerodinâmico com asas semelhantes à das MotoGP do ano passado, antes de serem introduzidos regulamentos mais restritivos neste capitulo na competição. Para além disso, as carenagens são ligeiramente mais largas (mais 38 mm de cada lado) e o vidro dianteiro tem novo formato, sendo também um pouco mais alto.

Panigale V2

Entre as novidades Ducati a Panigale bicilíndrica passa a denominar-se Panigale V2 e foi totalmente reformulada para 2020. O motor V2 a 90° Superquadro de 955 cc passa a cumprir a norma Euro5, e produz mais 5 cv do que anteriormente (agora 155 cv/10 750 rpm), graças aos novos injectores e colectores de admissão e também ao novo sistema de escape.

O motor da Panigale V2 continua a ser montado no quadro monocoque; ao contrário da anterior versão 959, a V2 passa a ter um monobraço oscilante, ficando mais em linha com as desportivas da casa italiana. A Panigale V2 conta com um moderno conjunto electrónico com base na IMU de seis eixos, mas não tem suspensões electrónicas. Conta com uma forquilha Showa BPF de Ø43 mm e um amortecedor traseiro Sachs. Os discos dianteiros de 320 mm são mordidos por pinças Brembo M4.32 monobloco, e atrás tem um disco de Ø245 mm com pinça Bremop de dois êmbolos.

Novas versões

Há mais novidades Ducati. Na restante gama, a Multistrada 1200 S ganha uma nova versão, a Grand Tour, dedicada aos amantes das grandes viagens. A Diavel passa a ter duas novas cores, a 1260 S com a ‘Ducati Red’ e a 1260 com a Dark Stealth. A Scrambler ganhou a Icon Dark e a Monster 1200 passa a estar disponível em ‘Black on Black’.

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