Serenata de Kouble na abertura do Europeu de Enduro

A chuva e o frio dificultaram a progressão dos pilotos no primeiro dia do Europeu de Enduro 2019.

Kristof Kouble, piloto da República Checa alcançou ontem a vitória absoluta no primeiro dos dois dias da prova do Campeonato da Europa de Enduro que está a decorrer em Góis, superando todas as adversidades, desde a forte concorrência á intempérie que se abateu sobre a região Centro.

Krystof Kouble, em KTM, venceu o primeiro dia do GP de Portugal do Europeu de Enduro, prova organizada pelo Góis Moto Clube com o tempo final de 58m14.6s, garantindo também o topo da pauta classificativa na classe Júnior 2/3.

As complexidades do terreno, devido ao mau tempo, acabaram por motivar e obrigar a um exercício de enorme abnegação por parte do piloto da República Checa, superando com agilidade a prova goiense cotada como uma das melhores nos anos mais recentes do campeonato.

Com os melhores pilotos europeus da disciplina da actualidade na vila de Góis, Krystof Kouble foi ganhando ascendente nas especiais ‘Cross-Test’ na Carvalhinha e ‘Enduro-Test’ na Quinta da Capela em Celavisa, terminando o dia com uma vantagem de 22,8 segundos para o segundo classificado, o finlandês Eemil Pohjola, aos comandos de uma TM, líder da classe 250 4T.

Num dia marcado pela intempérie, onde não faltaram chuva, frio e granizo, acrescidas dificuldades para os pilotos, a terceira posição ficou na posse do sueco Albin Elowson (Husqvarna), a 48.4 segundos do piloto checo, e segundo na classe 250 4T, a 25.5 segundos de Eemil Pohjola.

Na prova Júnior Sub21, o sueco Max Ahlin (Sherco) foi o mais rápido, com o tempo de 59m17.3s, relegando para a segunda e terceira posição o compatriota Albin Norrbin (Husqvarna) e o finlandês Peetu Juupaluoma, ambos em Husqvarna, a 44.8s e 1m00.3s, respectivamente. O português Tomás Clemente (KTM) fechou o primeiro dia na sétima posição, a 3m18.1s de Max Ahlin.

Por seu turno, Frederico Rocha (Husqvarna) e Gonçalo Salgado (KTM) não figuram na classificação final. O primeiro, que estava a efectuar uma prova sem sobressaltos, chegando inclusivamente a rodar na 15ª posição num universo de 20 pilotos, foi atraiçoado já na parte final por uma queda que o levou a ferir o pulso. Já o segundo teve um início com uma produção menos satisfatória, acumulando excesso de tempo. No entanto, os dois pilotos deverão integrar de novo o pelotão amanhã, já que as suas motos encontram-se em parque fechado.

Na classe Júnior 1, o finlandês Roni Kytonen, numa Husqvarna, foi o mais rápido, com o tempo 59m23,2s, na frente do sueco John Salomonsson, em moto idêntica, a 1m01.5s, com o compatriota Marcus Gothenberg, aos comandos de um a KTM, a cotar-se o terceiro mais célere, a 1m57.4s do primeiro classificado.

O checo Krystof Kouble, que conduziu a KTM ao topo da classificação geral, também levou de vencida com a moto da marca austríaca a classe Júnior 2/3, com o tempo de 58m14.8s, distanciando-se consideravelmente do sueco Oskar Ljungstrom (Husqvarna) e britânico Jed Etcheles (Sherco), a 1m32.5s e 1m33.9s, segundo e terceiro, respectivamente.

A classe 250 2T foi ganha pelo italiano Maurizio Micheluz (Husqvarna), com o tempo final de 1h00m39.7s, num pódio que ficou ocupado pelo checo Adolf Zivny, em moto idêntica, e o polaco Ukasz Kurowski (Yamaha), em segundo e terceiro, a 1m17.3s e 2m02.6s, respectivamente.

A vitória na classe Over 250 2T foi para o checo Jiri Hadek (KTM), totalizando 1h01m47s, meno 35,2s que o britânico Luke Parker (Gas Gas), segundo classificado, com o lugar mais baixo do pódio entregue ao estónio Elary Talu (KTM), a 1m09.8s.

Depois de muito porfiar, Patrick Markvart, aos comandos de uma moto da marca austríaca KTM, logrou o triunfo na classe 250 4T. O piloto da República Checa concluiu a odisseia no território de Góis com o tempo de 1h01m04s, com o sueco Alex Gunnerheim, em Yamaha, a cerrar fileiras na segunda posição, a 1m38.5s, com o piloto da Letónia, Edgars Silins, numa Husqvarna, a ocupar o degrau mais baixo do pódio, a 2m20.1s do vencedor.

Na classe Over 250 4T, o finlandês Eemil Pohjola conduziu a TM à vitória, com o tempo de 58m37.5s, numa prova em que os suecos Albin Elowson (Husqvarna) e Mikael Persson (KTM), ocuparam os lugares seguintes, a 25.5s e 1m12.1s, respectivamente.

No que diz respeito à classe Sénior, o pódio foi monopolizado pelo forte contingente finlandês. Com a nova temporada do Campeonato Europeu de Enduro a mobilizar uma centena de pilotos provenientes de 14 nações que passaram a ‘residir’, temporariamente, em Góis, a caravana nórdica é aquela que mais oferece à prova do Góis Moto Clube, pelo que não é de estranhar esse ‘exclusivo’ no pódio Sénior.

Jannie Mukkala, em KTM, ‘reivindicou’ a vitória, após 1h05m32.3s de prova, com os compatriotas Santeri Enjala (Honda) e Marko Leponiemi (TM) a acompanhá-lo no pódio, a 1m55.4s e a 2m20.4s de diferença.

Na classe destinada às Senhoras, a sueca Hanna Berzelius (Husqvarna) apoderou-se do triunfo, ao concluir a prova com o tempo de 49m12.6s. Na segunda posição ficou a compatriota Martina Reimander (KTM), a 1m14.5s, com a britânica Rosie Rowett (Husqvarna), a contentar-se com o terceiro melhor registo, a 1m21.5s.

A portuguesa Joana Gonçalves, também numa Husqvarna, efectuou uma prova de bom nível, não contando, no entanto, para esta classificação, sendo ‘transferida’ para o Open Nacional onde se perfila a ‘armada” lusitana’. A jovem transmontana de Pedras Salgadas foi cotada como a sexta mais rápida com o tempo de 2h13m19s.

A vitória no Open Nacional foi para Luís Oliveira (KTM), com o tempo de 39m05.5s, seguido de Manuel Teixeira (Beta), a 2m57.67s, e Rodrigo Belchior (KTM), a 4m13.7s, em segundo e terceiro, respectivamente. Na quarta posição terminou Ricardo Wilson (Gas Gas), a 7m04.5s de Luís Oliveira, cabendo a Gil Carmo (Honda), a 8m27.2s, fechar o ‘top five’. Com Joana Gonçalves na sexta posição, a 11m57.7s do vencedor, o piloto Mateus Cepa (Husqvarna) terminou na sétima e última posição, a 21m15.9s.

Para amanhã, o Góis Moto Clube volta a servir um ‘cardápio’ igual ao de hoje, com o rio Ceira e a florestal em redor da vila a servirem de ‘pano de fundo’ para mais uma dose tripla: a “Cross-Test” na Carvalhinha e as duas “Enduro-Test” na Quinta da Capela e em Celavisa. Junto à sede do Góis Moto Clube, na Quinta do Baião, onde foi ‘edificado’ o Parque Fechado e o ‘quartel-general’ da prova, os pilotos começam a sair para as pistas às 9h00.