Suzuki V-Strom 1050XT já disponível

Sem deslumbrar, sem inovar em pleno, a Suzuki lançou uma nova V-Strom para o segmento das trail de maior capacidade. Renovada na estética, acrescida de mais electrónica e potência, bem como muitas soluções práticas, a V-Strom recarrega baterias para um segmento por demais concorrido e onde a concorrência não dá tréguas. Acaba de chegar a Portugal.

Texto Rui Marcelo • Fotos Suzuki

Jeito próprio

A carreira da trail V-Strom 1000 nunca foi tão marcante e assinalável como a da sua irmã mais pequena, a V-Strom 650, moto que deu início a uma histórica presença da marca no segmento trail. Ainda assim foi uma carreira de algum sucesso, embora com o desenvolvimento do segmento nos últimos anos, e sem praticamente mexer no conteúdo e na forma, a V-Strom maior perdesse fulgor e popularidade. Agora a Suzuki decidiu renová-la mais amíude, começando pelo sempre desejável sentido estético.

Foram buscar imagem às saudosas e, essas sim, marcantes, DR-Z Big dos anos oitenta, a primeira Trail do mundo a surgir com a agora tão popular carenagem frontal bico de pato. Replicaram as cores num conjunto algo mais compacto, com um diferente e mais confortável assento e toda uma nova secção frontal, destacada pelo ecrã dianteiro ajustável em altura e sem qualquer ferramenta e todo o “cockpit” onde figura um painel TFT a cores. Estas alterações e restante figurino de equipamento, fazem parte da V-Strom 1050XT, a versão topo de gama deste novo modelo, presumivelmente o que será mais procurado pelos potenciais compradores e aquele em que a marca mais irá apostar.  

Chega a electrónica

Uma das maiores apostas é a introdução da electrónica na gestão global da moto. Quer pelo acelerador electrónico, quer através de mais sensores e comandos, sobretudo pela agora tão em voga unidade de medição de inércia de 6 eixos da Bosch, parte fundamental para que o novo modelo possa aplicar o SIRS (Suzuki Inteligent Ride System) e que permite o controlo electrónico controlo de tracção, do arranque em subida e até do Cruise-control, uma das importantes novidades para quem viaja muito.

O motor V2 manteve a sua estrutura anterior, mas algumas alterações na gestão, admissão e escape, permitem um ganho de 7% na potência produzida, chegando aos 107 cavalos e a cerca de 98 Nm de binário, mas sobretudo tornando-o já cumpridor da norma anti-poluição Euro-5. Junta ainda um radiador maior e um novo permutador de calor para um superior rendimento mantendo-se a embraiagem deslizante, uma importante vantagem em máquinas deste género, junto à da potência do motor (em três modos), do em qualquer situação de uso, habitual caixa de seis velocidades.

Na ciclística nenhuma alteração de monta ao quadro tipo dupla trave em alumínio, braço oscilante no mesmo material e suspensões Kayaba, invertida à frente e monoamortecedor traseiro. Ainda não possui nenhuma versão com ajuste electrónico das suspensões, agora tanto na moda, mantendo o curso de antes para uma utilização com maior predominância no asfalto, bem patentes na dimensão das rodas (equipadas com pneus tubless e de 19 e 17 polegadas à frente e atrás) ou na altura livre ao solo, 160 mm. Aliás, se a 1050 XT oferece rodas raiadas, a versão base, a 1050, tem mesmo a possibilidade de montar rodas com braços, em alumínio.

A travagem manteve o sistema Tokiko de antes, mas inclui o novo sistema ABS sensível à inclinação e pressão exercida, adicionado ainda de repartidor de potência de travagem pelas duas rodas. Tudo isto num modelo algo pesado, que chega aos 247 kg em ordem de marcha, contando com um depósito de 20 litros de capacidade. Mas é de facto ao nível das funcionalidades que a V-Strom procura marcar posição. Junto ao novo ecrã ajustável em altura (apenas na 1050 XT como referimos, sendo na 1050 um ecrã fixo), montou-se uma nova óptica rectangular e mais potente, mas sem qualquer tipo de luzes adapatativas em curva.

No equipamento base, o assento permite ajuste em duas alturas, a 850 ou 870 mm do solo, sendo mais confortável para ambos os ocupantes. Surge uma nova grelha traseira, piscas de Led, protecções de mãos mais robustas, tomada de corrente de 12V, tomada USB, protecções do motor e laterais e ainda descanso central, tudo isto na versão 1050XT. Depois há ainda uma vasta lista de acessórios originais. O preço da versão XT é de 14.999€.

A Suzuki DL1050XT já se encontra disponível e conta como oferta de lançamento o Pack Tour Suzuki por um preço promocional de 350€, sendo que este é composto por duas malas laterais de 37L e um Top case de 46L, em alumínio. Esta campanha não é acumulável com outras campanhas em vigor, estando limitada ao stock existente e até ao final deste mês, nos concessionários aderentes.