Os últimos testes da pré-temporada acabaram bem regados, com o aparecimento de chuva mais intensa do que nos dias anteriores.
Mas o pior foi a instabilidade climatérica, com a chuva a aparecer e desaparecer, chegando o asfalto quase a secar na segunda sessão do dia. Apenas para começar a chover torrencialmente nos últimos minutos. Isto aliado às baixas temperaturas, com o asfalto de novo abaixo dos 20°C, levou muitos pilotos a optarem por dar por encerrados os trabalhos. Mesmo aqueles que tinham previsto rodar em molhado, com as condições a mudarem constantemente, preferiram não deixar as boxes; ou sairam apenas para avaliar as condições da pista, para voltar a entrar de seguida. Assim, foram pouco os pilotos de Moto2 que registaram tempos ao longo do dia.
Miguel Oliveira e o seu companheiro de equipa Brad Binder pertenceram ao grupo dos que preferiram não arriscar nestas condições, e mesmo entre aqueles que optaram por rodar, houve grandes discrepâncias nos tempos. Fabio Quartararo foi o mais rápido do dia, com 2,7 s de vantagem sobre o 2.º, Dominique Aegerter, e o dia a terminar com os 10 primeiros separados por mais de 10 segundos.
O terceiro e último dia de testes foi assim pouco produtivo, e em termos de tempos, prevaleceram os do segundo dia, quando a pista esteve mais tempo seca e as temperaturas estiveram mais amenas.
Sam Lowes com o melhor tempo
O testes terminam com Sam Lowes no topo da tabela combinada dos três dias, seguido do seu companheiro de equipa, Iker Lecuona, e de uma terceira KTM, a de Brad Binder.
«Obviamente, hoje não rodámos muito», disse Lowes. «Fiz algumas voltas esta amnhã à chuva, e as sensações foram muito positivas. Depois a pista começou a secar e enquanto rodei com os outros, estive entre os mais rápidos. A seco, sinto-me muito confortável. Fizemos um grande trabalho este Inverno. Mal posso esperar pelo Qatar. Sinto que finalmente tenho a minha moto e estou a trabalhar bem», afirmou o piloto da Swiss Innovative Investors KTM.
Romano Fenati, com o 7.º melhor tempo, a 0,545 de Lowes, foi o melhor rookie dos testes. Quanto a outro rookie ‘de peso’, Joan Mir, este esteve ausente nestes testes. O campeão do mundo de Moto3 continua a recuperar de uma distensão dos ligamentos no braço sofrida quando treinava motocross. O piloto espanhol espera estar recuperado para o primeiro GP do ano.
Moto3 – Martin deixou a sua marca
Em moto3 sucedeu o mesmo que em Moto2, e nem todos os pilotos rodaram em todas as sessões. Com a pista molhada quase todo o dia, as sessões seriam mais lentas do que ontem, sendo Nakarin Atiratphuvapat o mais rápido.
Mas na tabela combinada dos três dias prevaleceu o tempo realizado ontem por Jorge Martin, o rei das pole positions no ano passado. Nas posições seguintes ficaram Enea Bastianini e Aron Canet.
Destaque para Alonso Lopez: o jovem espanhol foi o melhor rookie destes testes, com o 6.º tempo, a 0,6 s de Martin.
