Anthony West tem tido uma longa e algo atribulada carreira na velocidade, mas apesar dos 36 anos, o australiano ainda não vai arrumar as botas. Não encontrando equipa para a próxima temporada, formou a sua própria. Será a EAB Ant West Racing, e contará com a colaboração da Puccetti Racing, com quem correu este ano as últimas corridas do Mundial de Supersport.
Assim, o australiano continuará neste campeonato aos comandos de uma Kawasaki ZX-6R, mas na sua própria formação, aliás, tal como aconteceu no início da temporada passada, até ser convidado pela equipa italiana para substituir Randy Krummenacher no Mundial de SBK nas rondas de Portugal e França.
Apesar do apoio de Ferry Schoenmakers, director da EAB, uma empresa holandesa que fabrica sistemas de armazenamento industrial – prateleiras, estantes, etc. – e que será o seu principal patrocinador, West procura ainda mais patrocinadores e tem as Yamaha R6 da temporada passada à venda – para quem estiver interessado: uma com motor preparado para o Mundial de SS (27 000 €, com sistema MoTeC de gestão e aquisição de dados, ou 22 500 € sem o sistema), outra com o motor standard (14 500 €).
Anthony West chegou ao Mundial de Velocidade em 1999, na classe de 250 cc, depois de ter participado no ano anterior no seu primeiro GP, como wild card, no GP da Austrália na categoria de 125 cc.
Embora a sua melhor temporada de sempre tenha sido a de 2000, quando foi 6.º no Mundial de 250 com a Honda NSR250 da Shell Advance Honda, a sua carreira ficou marcada por resultados incríveis, como o pódio molhado em Donington na estreia absoluta da KTM na categoria de 250 cc do Mundial de Velocidade em 2005; ou a vitória em Moto2, em Assen em 2014 com a Speed Up da QMMF depois de ter qualificado em 24.º, também à chuva e no circuito onde tinha obtido a sua primeira vitória mundial em 2003 aos comandos da Aprilia RSV250 do Team Abruzzo, criando assim a fama de ser um dos melhores pilotos em piso molhado.
A sua carreira está marcada também pela negativa, quando em 2012/2013 acusou dimetilamilamina num controlo anti-doping (substância proibida pela Agência Mundial Anti-doping, mas que pode ser encontrada num simples descongestionante nasal). Inicialmente tinha sido banido durante um mês das competições como castigo, mas em Novembro de 2013 um apelo foi indeferido e o castigo aumentaria para 18 meses, perdendo os resultados obtidos entre Maio de 2012 e Outubro de 2013.
Em 2017, para além de ter corrido nos Mundiais de Supersport e Superbike, Ant West foi o 6.º classificado da categoria de Supersport do Campeonato Asiático de Velocidade, onde venceu três das oito corridas em que participou, mas tendo sido desclassificado de uma delas por irregularidades técnicas.