Depois da Harley-Davidson em 2009 ter interrompido o seu investimento na norte-americana Buell Motorcycles, marca criada por Erik Buell em 1983, eis que agora o emblema ganha novo fôlego.
Foi em 2018 quando Bill Melvin adquiriu o património da marca a Erik Buell e em 2020 conseguiu fechar o negócio com a Harley-Davidson para a aquisição plena de direitos e patentes da casa de Wisconsin (a H-D era detentora de 49% da Buell).
A partir daí, agora com 100% da empresa, Bill Melvin encetou o seu plano para o relançamento da marca apostando numa nova e ampla gama de produtos. Ou seja, até 2024 a Buell quer apresentar dez novos modelos, entre eles ofertas destinadas aos segmentos das desportivas, nakeds, off-road, trails, desportivas turísticas, cruisers ou ainda elétricas.
O modelo primogénito para o novo arranque comercial da marca é a Hammerhead 1190, uma desportiva com motor bicilíndrico em V de 180 cv às 10600 rpm e um binário de 138 Nm às 8200 rpm.
A produção desta proposta já começou em novembro do ano passado e no site da Buell já é possível efetuar reservas. Ainda que as entregas estejam previstas começarem este ano, até ao momento não foi anunciada uma data concreta.
O segundo modelo da Buell a regressar às estradas já em 2022 é a naked 1190SX Carbon Fiber, uma produção que teve evoluções anteriores na era da Erik Buell Racing e que agora volta a ser aposta para o futuro. Possui o mesmo motor da Hammerhead 1190.
O terceiro e o quarto modelos da nova gama serão as Buell Baja DR e a SuperTouring 1190, ambos com previsão de lançamento só para 2023.
Avança alguma imprensa internacional que a nova Buell Baja DR 1190 terá 175 cv e 136 Nm e virá equipada com um braço oscilante ajustável entre as 66 e 70 polegadas (167,6 e 177,8 cm). Ou seja, um ajuste na distância entre eixos de 10 cm.
A nova Baja DR (Dune Racer) será uma oferta para o todo-o-terreno, inspirada na 1190 HCR de competição e preparada para as muito populares provas de Hill Climb norte-americanas, onde a maior distância entre eixos das motos e o comprimento do braço oscilante são cruciais para vencer (ou pelo menos tentar vencer) as famosas “subidas impossíveis”.
Pouco ainda se sabe sobre o caminho e o futuro da Buell, mas pela filosofia de produtos já apresentados, a renascida marca deverá enveredar por um caminho mais “mainstream”, com o foco apontado à concorrência de marcas premium estrangeiras (japonesas e europeias), tentando assim divergir de produtos internos, já consolidados, “Made in USA”, habitualmente vistos sob os logotipos da Harley-Davidson ou da Indian Motorcycles.