Depois da passagem do CN Supercross 2022 por Arões, em Fafe, o nacional da especialidade seguiu para Lustosa, na Lousada, onde se cumpriu o derradeiro embate do calendário deste ano.
Em noite típica de verão, foi no Complexo Voltas & Rodas, em Lustosa, que a caravana se enfrentou para se definirem todas as decisões da temporada. Sem contar com o número de pilotos de rondas anteriores, foram os principais protagonistas da temporada a animar em pista o público que, mais uma vez, respondeu de forma positiva ao apelo de uma das mais espetaculares disciplinas do motociclismo.
Hugo Basaúla, Fábio Costa, Duarte Pinto e Edgar Salustiano terminaram assim em Lustosa como campeões nacionais do CN Supercross 2022.
A fechar a noite de Lustosa e o campeonato das especialidade de 2022, a corrida Elite revelou o terceiro vencedor distinto do ano, Alejandro Miguel. Mais rápido no arranque foi Alejandro Miguel que tomou de assalto a primeira posição para não mais a largar até ao final das 20 voltas realizadas ao traçado do Voltas & Rodas e inicialmente seguido por Adriá Monné.
Entretanto, Hugo Basaúla e Sandro Peixe discutiam aqui a coroa absoluta do Supercross português e, depois de arrancar apenas na sexta posição, ‘Basa’ começou a recuperar e na quarta volta era terceiro na frente de Peixe, depois de um animado duelo entre ambos que aqueceu os primeiros momentos da última corrida do ano.
A dupla espanhola na frente durou até á quinta volta quando Monné caiu enquanto lutava como seu colega de equipa e desceu ao sexto posto, deixando Basaúla em segundo na perseguição a Miguel. Este resistiu aos ataques e, apesar de todos os esforços do novo campeão nacional SX1, nunca deixou de comandar a corrida, sendo mesmo Basaúla a baixar o ritmo na fase final para entregar na 15ª volta a segunda posição a Peixe que também tentou a todo o custo destronar, mas sem sucesso, Alejandro Miguel do primeiro lugar, ele que assim ‘vingou’ a derrota na corrida SX2, aquela que lhe teria entregue o título na classe.
Leia também: CN Supercross 2022 – Ronda de Fafe revelou novos protagonistas
Peixe fechou o ano em excelente forma com um segundo lugar revelador da sua vontade em levar até ao final a luta pelo título maior do Supercross luso, mas foi Hugo Basaúla quem venceu o campeonato ao cruzar a linha de meta em terceiro na frente de André Sérgio e Adriá Monné depois de Fábio Costa ter perdido duas posições por saltar com bandeiras amarelas.
Antes do epílogo do campeonato – com a realização da corrida Elite – tempo para o habitual e espetacular ‘head to head’ onde na primeira eliminatória Adriá Monné surpreendeu Sandro Peixe no arranque e conseguiu mesmo ser o único SX2 a aceder a uma final em todo o ano. Na segunda eliminatória Basaúla bateu o estreante Fábio Costa e depois deste perder o terceiro lugar para Peixe, Basaúla confirmava a vitória e os pontos ao bater Adriá Monné no final do intenso duelo que se tornou imagem de marca neste confronto estreado com sucesso no campeonato em 2022.
Desfecho nas SX1 e SX2
Com seis pilotos em pista, aquela que foi a primeira corrida da noite, a SX1, teve animação por força do bonito duelo travado entre Sandro Peixe, o melhor no arranque, e Hugo Basaúla. Com o título a ser discutido entre ambos Peixe resistiu até á oitava volta, momento em que Basaúla o passou par assumir o primeiro lugar e o título nacional SX1. Peixe foi segundo na frente de José Iglésias mas o terceiro no campeonato foi Francisco Salgado.
Mais animada foi a corrida SX2 onde Fábio Costa tinha que defender um ponto de vantagem face a Alejandro Miguel. O espanhol arrancou apostado em levar para o país vizinho a corôa na classe e liderou rumo ao que parecia ser o título face a Adriá Monné e Fábio Costa, terceiro mas sempre perto de Monné. Mas antes da 10ª passagem Miguel comete um erro e cai, ‘abrindo a porta’ ao titulo de Fábio Costa que o passou na 11ª volta e defendeu com ‘unhas e dentes’ o segundo lugar que valeu o título nacional ao jovem piloto com três pontos de vantagem sobre Miguel. André Sérgio foi o quarto na corrida e terceiro no campeonato.
Os pequenos campeões SX65 e SX50
Invictos na frente das classes SX65 e SX50 Duarte Pinto e Edgar Salustiano mantiveram essa mesma hegemonia em Lustosa ao vencerem ambas as corridas realizadas. Tiago Cotrim foi segundo em ambas as corridas, sempre seguido por Rafael Ribeiro. Nas SX50 Edgar Salustiano ainda se assustou na segunda corrida quando por duas vezes caiu, mas reagiu sempre da melhor forma e recuperou para ser primeiro na linha de meta.
Com a realização de todas as corridas em Lustosa, a temporada do CN Supercross 2022 ficou assim cumprida. No final da noite foram entregues os prémios de prova e os troféus de campeonato no final de uma época marcada por forte adesão popular nas pistas, o que só mostra que o Supercross continua a ser uma disciplina de sucesso no nosso país.
Fonte: FMP