Confesso que sempre tive muita curiosidade em conhecer bem de perto uma chinesa. Das novas, das grandes. Como muitos outros, sou do tempo (não se riam…) em que o símbolo “Made in China” era sinónimo de qualidade, no mínimo, duvidosa. E estou a ser simpático! Mas o poderio industrial da maior nação do Mundo não pode deixar ninguém indiferente e quando decidem meter mãos à obra…
Texto: Paulo Ribeiro
Fotos: Delfina Brochado
Esta é a história da minha primeira vez! E dela também. É que se, em mais de duas décadas de presença contínua, nunca tinha participado numa edição do Portugal de Lés-a-Lés aos comandos de uma moto chinesa, a verdade é que esta foi também a estreia de uma CFMOTO no evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal. A curiosidade era imensa, e nada como a ligação entre Lagos e Chaves, via Évora e Guarda, mais as viagens de ida até ao Algarve e de regresso de Trás-os-Montes, para aferir das qualidades da 650 MT. Uma turística de pernas altas ou uma trail de vocação estradista, vocês escolhem, que se mostrou ao mundo sem modéstias ou falsos pruridos, fazendo alarde de componentes de boa qualidade e um nível de acabamentos que faz esquecer o tempo em que as propostas orientais (que não japonesas) não só eram olhadas de lado como, com ainda maior frequência, eliminadas de qualquer hipótese de relação a longo prazo. Safavam-se algumas das mais pequenas scooters, de uma capacidade de atração exclusivamente assente no preço.