Competir em 2020 é utopia?

Sem 'luz ao fundo do túnel'...aguarda-se pelo regresso da competição ás pistas.

Parece ser cada vez mais uma realidade que em 2020 não vamos ter provas desportivas, sejam elas de motociclismo ou de muitas outras disciplinas. A pandemia do Covid-19 arrasa e adia todas as probabilidades que possam ser colocadas em ‘cima da mesa’ e analisando o expoente máximo das duas rodas, o mundial MotoGP, o próprio Carmelo Ezpeleta, o patrão da Dorna, já deixa antever que 2020 pode mesmo ser um ‘ano em branco’ e que antes do surgir de uma vacina deverá mesmo ser impossível realizar corridas.

Muitos são os países que já anunciaram que apenas irão abrir as suas fronteiras quando surgir uma vacina – a Áustria é um deles – e outros defendem que eventos com grandes aglomeração de pessoas também só serão possíveis depois da sonhada e procurada vacina contra o Covid-19. A possibilidade de realizar provas sem público foi também ela equacionada, mas com fronteiras fechadas nada disso poderá vir a acontecer porque muitos serão os elementos das equipas, pilotos e mesmo jornalistas que estarão impedidos de viajar.

Olhando apenas para os números da pandemia em Espanha, França e Itália, fica de imediato claro que sem estas três nacionalidades não teremos campeonatos, sejam eles MotoGP, Superbike ou mesmo MXGP. Hoje mesmo confirmou-se o adiamento de mais duas rondas, Mugello e Catalunha, ou seja, já entrámos em Junho no que ao adiamento de campeonato diz respeito e mesmo se Ezpeleta continua a ‘sonhar’ com a entrada em pista do mundial 2020, já fala igualmente na possibilidade de termos mesmo um ano onde o campeão será mesmo o Covid-19 e todo o restante pelotão fica em casa. Até que haja evolução em qualquer um dos três países referidos nada feito.

Resta pois aguardar e aguardar…pois as corridas estão nas boxes em todas as disciplinas e apesar de toda a vontade da comunidade, o semáforo continua vermelho e bem vermelho…para que ninguém arrisque sequer a colocar uma roda fora da segurança da boxe. O melhor é começar mesmo a pensar em 2021…?