Texto Rodrigo Castro • Fotos Rui Jorge.
Por estradas beirãs
Para este contacto, e tal como já tinha referido, a Multimoto levou-nos até ao Luso por excelentes e enroladas estradas beirãs até ao ponto mais alto da Serra da Estrela, onde um vento gélido nos brindou com muita neve à mistura. Rodando por estradas secundárias sem grandes pressas fomo-nos habituando à forma como nos encaixamos na ciclística e na reposta quase ideal em todo o tipo de circunstâncias da suspensão ativa Showa. O conforto é elevado em todo o tipo de situações e a reatividade do sistema KERCS é impressionante quer estejamos a andar muito depressa ou em ritmo de passeio. A inserção em curva é facilitada e a confiança elevada mesmo quando o piso não é tão bom.
A segurança é outro ponto que foi instantaneamente melhorado com este sistema dado que permite correções de trajetórias imediatas sem nunca se perder o controlo. É claro que sendo uma GT a primazia do conforto é notória na forma como conseguimos fazer mais de 350 quilómetros num dia sem nunca nos queixarmos do cansaço mesmo após um percurso trabalhoso em termos de condução que começou cedo e que durou umas boas 9 horas. O motor de quatro cilindros é suave. Suave na resposta, suave nas recuperações, suave na forma como nos deixa fazer quilómetros atrás de quilómetros.
Os 120 cv só aparecem de forma mais decidida a partir das 6/7.000 rpm mas até lá o binário disponível leva-nos de uma curva para a outra de forma empenhada sem nunca ser necessário entrar em exageros de condução. O nível do equipamento é extremamente elevado sendo que é bastante mais vantajoso escolher a versão SE que esteve à nossa disposição e que no final será talvez a mais popular entre os futuros proprietários da nova versão da Versys 1000.