Texto Vitor Martins • Fotos Kel Edge
Surpreende
É difícil não ficar impressionado com o legado de Ruggero Jannuzzelli na marca Moto Morini sob a forma da Milano cuja criação é da sua responsabilidade. Ainda bem que o sr. Chen decidiu manter a fé neste modelo, que ele declarou vir a receber em devido tempo o acelerador ride by wire, vários modos de condução e o muito necessário quick shifter nos dois sentidos.
O grupo de Gustato reformulou aquele motor CorsaCorta cheio de binário para ser mais flexível e indulgente, verdadeiramente fácil de conduzir nas ruas da cidade e nas estradas da província. Com a sua excelente maneabilidade, boa direcção, prestações decentes e posição de condução vertical, a Milano é uma moto do mundo real com electrónica ‘lite’, cabendo-nos a nós domar essas reservas de prestações do motor através da criteriosa utilização da mão direita, com apenas um modo de condução e o controlo de tracção.
A Milano é mesmo satisfatória de conduzir no trânsito, devido à sua emocionante aceleração e resposta impressionante num maior leque de rotações, mas sempre de um modo controlável, mesmo com uma mínima intervenção electrónica.
Há um ano, quando conduzi a Corsaro ZT, escrevi que esta era uma moto completamente oposta a uma moto de um estado super-protector; algo com duas rodas e um motor que é tão gloriosamente não politicamente correcta, que praticamente ficamos surpreendidos por alguém na verdade permitir que motos como esta continuem a ser construídas e vendidas. A Moto Morini faz e vende, e duplicaram a aposta com a estreia da Milano.