Contacto Triumph Street Triple RS

A Triumph aproveitou a necessidade de proceder à atualização do seu tricilíndrico para cumprir com as normas Euro5 e melhorou o que já era excelente. A nova Street Triple está ainda mais entusiasmante!  

Teste Triumph Speed Triple RS

Texto Alberto Pires • Fotos Triumph –

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 Enérgica

A Street Triple é um caso de sucesso e um valor seguro na gama Triumph, contando já com 12 anos de existência. O conceito original, alicerçado na leveza, agilidade e estilo distinto, mantém toda a sua actualidade, e as modificações que foi sofrendo ao longo das últimas cinco gerações não o desvirtuaram, tendo até saído reforçadas algumas das suas valências.

Esteticamente, a característica mais relevante e pela qual mais facilmente se distingue, é hoje muito mais do que uma Daytona sem carenagem. Relativamente à versão anterior, nota-se que foi sujeita a uma intervenção delicada, centrada nos pormenores, como se nos últimos dois anos estivesse a ser observada por forma a que se evidenciassem.

Teste Triumph Speed Triple RS

O grupo óptico dianteiro é disso exemplo. Os dois faróis têm linhas mais pronunciadas, melhor definidas, conciliando duas expressivas hastes luminosas com o contorno circular dos faróis Led, numa subtil referência ao formato que a distinguia inicialmente. O deflector que os complementa, o assento do passageiro e mais algumas peças foram também revistas, apresentando formas mais vincadas, o que é acentuado pelos novos grafismos. Ainda assim, gostava que a Triumph tivesse levado este exercício mais longe e encontrasse uma forma de recuperar o duplo escape por baixo do assento das primeiras versões, ou exceder-se e adoptar o monobraço que brilha na Speed Triple, mas, segundo Stuart Wood, isso iria repercutir-se demasiado no valor final, com reflexos negativos no número de vendas. Ciclisticamente não sofreu alterações, o que era muito bom assim continua. O Öhlins STX 40 na traseira, a Showa na dianteira e as pinças Brembo M50 com discos de 300 mm na frente são a garantia de elevado nível de qualidade, mas a Triumph não se fi cou por aqui e conseguiu elevar o conjunto a um novo patamar de eficácia de comportamento, afinando a intervenção do ABS, do controlo de tracção e através da montagem dos novos Pirelli Supercorsa SP V3.

Teste Triumph Speed Triple RSA maior alteração aconteceu no motor. A obrigatoriedade de cumprir com as normas Euro5 implicou modificações no escape, recorrendo os engenheiros à instalação de um duplo catalisador. O volume interno foi necessariamente aumentado e como a unidade catalítica atenua por si só o volume sonoro e reprime a saída dos gases de escape, compensou-se no terminal final com uma saída menos restritiva. No interior do motor procederam- se também a alterações. As árvores de cames foram revistas no acionamento das válvulas de escape, as condutas de admissão foram retocadas e elementos como a cambota e a embraiagem melhoraram o seu equilíbrio, contribuindo para um funcionamento mais suave do motor.

Com tudo isto o tricilíndrico apresenta agora um rendimento em médias muito superior, com um ganho entre as 5.500 rpm e as 10.500 apreciável, desaparecendo até a inflexão existente às 8.000 rpm. O valor máximo de 123 cv às 11.700 rpm mantém-se, cortando já perto das 13.000 rpm, mas onde realmente é importante está mais forte e progressivo! As ajudas electrónicas contam agora com quatro modos pré-selecionados para o acelerador, ABS e controlo de tracção, e mais um programável individualmente para cada uma das intervenções, podendo ser alterados em movimento.

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