500 unidades vendidas em dois anos e um preço máximo de 40.000 euros no mercado. Esta é a regra introduzida em 2016 que define a homologação de uma moto para o mundial Superbike. Mas a chegada da V4R da Ducati lançou um certo mau estar no seio do paddock, nomeadamente entre as marcas concorrentes, lideradas de forma óbvia pela Kawasaki.
Nos últimos anos as motos presentes no mundial tiveram sempre preços inferiores aos 25 ou 30.000 euros dependendo dos mercados, algumas utilizando os modelos de série como a Yamaha e a BMW, outras com séries especiais da sua motos super-desportivas, como as Kawasaki, Honda ou Aprilia, o mesmo se passando com a própria Ducati, que sempre criou versões especiais da sua melhor desportiva para competir nas Superbike e contra as quais nunca nenhuma voz se fez ouvir mesmo quando as motos custavam cerca de 35.000 euros como a derradeira Panigale R com motor de dois cilindros, que ainda pode competir no campeonato.
Mas a V4R chegou e arrasou, lançando a polémica entre aqueles que de um momento para o outro começaram a perder ou ficaram ainda mais longe das primeiras posições. Mais de 220 cavalos e peso reduzido com tecnologia oriunda do MotoGP ajudaram a esta explosão no domínio dos italianos e sempre dentro dos limites definidos pelo regulamento.
Mas os protestos podem levar a Dorna a alterar a regra de homologação baixando o número de unidades exigidas das 500 para as 50 vendidas em dois anos, mantendo o mesmo tecto de 40.000 euros. Uma alteração que ajudará as restantes marcas do campeonato a produzir séries especiais destinadas quase em exclusivo á competição sem grandes preocupações comerciais, algo que a Ducati nunca sentiu pois os seus clientes nunca se negaram a pagar o preço exigido pela exclusividade e tecnologia dos seus modelos.