Chegámos ao final de mais um ano, e que foi recheado de acontecimentos no mundo motociclístico. O mais recente foi o cancelamento definitivo das inspeções para as motos, um assunto que se arrastava há cerca de 12 anos, e que fica definitivamente arrumado, conforme a Revista Motojornal aqui lhe conta todos os pormenores .
O melhor de tudo nem é a não implementação das inspeções.
O melhor é aquilo que será feito em sua substituição, um pacote de medidas que visa especificamente os motociclistas (ver Coluna dos Motociclistas – clique aqui ). Parece-me ter sido uma decisão sensata, tendo em conta o objetivo final, a redução da sinistralidade, para a qual este pacote de medidas será muito mais eficaz que as IPO.
Outro tema que tem dado muito que falar nesta fase final do ano foi a situação da Pierer Mobility, empresa que tem sob a sua alçada as motos KTM, Husqvarna, GasGas e MV Agusta.
A companhia austríaca está em maus lençóis do ponto de vista financeiro, e entrou em processo de insolvência. Entrou num processo de reestruturação e muitos temem o futuro das suas marcas. Creio que o cenário mais negro, o do desaparecimento, não acontecerá, mas os próximos tempos serão um desafio para a empresa, para tentar manter a sua atividade e regressar ao verde do ponto de vista económico.
Que repercussões é que toda esta situação pode vir a ter em algo tão importante para as suas marcas como a competição? Todo o seu programa desportivo terá que ser replaneado, e é quase garantido que o seu envolvimento em diversas modalidades será substancialmente reduzido.
O atual projeto de MotoGP parece estar assegurado para o futuro próximo, mas ninguém sabe o que acontecerá a longo prazo, e muitos temem que, mais tarde ou mais cedo, a KTM poderá vir a deixar o Mundial de Velocidade, a não ser que aconteça um milagre. Agora tudo dependerá do plano de reestruturação, e do aparecimento de algum investidor que possa não só salvar a empresa no imediato, mas também garantir-lhe o futuro.
Para já, a MV Agusta tenta ‘fugir às balas’ e não só a empresa austríaca comunicou que a marca italiana “Deixou de ser considerada uma mais-valia estratégica”, como a própria MV Agusta, que voltará a ter uma gestão independente, reforçou que quer continuar a sua tendência de crescimento registada nos últimos tempos.
E o resto? Só o tempo o dirá!
Boas Festas!
Editorial da Revista Motojornal #1578, por Vítor Martins, diretor
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