Entrevista Tetsuta Nagashima

O piloto japonês da Red Bull KTM Ajo, Tetsuta Nagashima, conta-nos o que sentiu na primeira vitória e como têm sido os seus dias de isolamento.

Depois de um início de temporada de sonho, Tetsuta Nagashima regressou ao seu país natal: Japão. É de lá que o piloto da Red Bull KTM Ajo de Moto2 nos conta como viveu a sua primeira vitória no mundial, no último GP do Qatar, prova essa que o próprio piloto clássica como emocionante e muito emotiva. O piloto japonês explicou-nos como está a ser a adaptação à equipa e conta-nos as suas rotinas nestas semanas sem corridas, mas onde continua a treinar.

O que significou para ti esta primeira vitória?

Foi uma conquista muito importante para mim, uma vez que dei um passo extremamente importante na perseguição do meu sonho: chegar ao MotoGP. Foi muito emocionante e muito emotivo subir ao lugar mais alto do pódio e estou genuinamente feliz por esta conquista.

O que pensaste quando cruzaste a linha da meta?

Nesse momento, só queria gritar, gritar de alegria! Antes de cruzar a linha da meta, não era capaz de pensar em nada, estava cem por cento focado na corrida, com a mente vazia, em branco. No entanto, quando terminou a corrida, fui invadido por uma felicidade extrema. Nunca me havia sentido assim, nem nunca tinha sentido o que senti nesse momento. Estava tão eufórico que não parava de gritar dentro do capacete.

Foi uma estreia de sonho com a Red Bull KTM Ajo. Como está a ser a tua adaptação? Como é a tua relação com a equipa?

A equipa é incrível, são muito empenhados, trabalham muito e são muito profissionais. Passaram muitos bons pilotos por esta equipa e muitos deles acabaram por se converter em campeões, por isso, só o facto de estar integrado na estrutura da Red Bull KTM Ajo já é algo bastante especial para mim. Além disso, sinto-me muito bem e muito à vontade com todos os membros da equipa.
Depois da qualificação no GP do Qatar, não acusava nenhuma pressão nem stress, mas estava um pouco confuso, porque como avia forçado muito, cometi alguns erros. Foram os conselhos da equipa que me ajudaram a manter a calma e isso resultou na vitória na corrida.

Depois da pré-temporada, esperavas um início assim?

Sentia que tinha possibilidades de chegar ao pódio, mas nunca pensei que conseguisse vencer a corrida. Foi algo inesperado, incluindo para mim. Sem dúvida que foi uma surpresa fantástica.

Para ti, o quão importante é a influência do Aki Ajo?

O Aki é muito importante para mim, uma vez que tem imensa experiência na captação e desenvolvimento de novos talentos. Se seguir os seus conselhos, sei que posso vir a ser um grande piloto. Confio cem por cento nele e tentarei crescer, aprender e colocar em prática ao máximo as suas indicações.

Como estás a ocupar estas semanas sem corridas? Tens uma rotina de treinos?

Nestas semanas em que não há corridas, tenho ficado em casa com a minha família. Tenho aproveitado estes dias para me dedicar aos meus filhos. Para treinar, normalmente gosto de sair para correr. Há uns anos, treinava de bicicleta, mas agora prefiro fazer outro tipo de desportos.

Como aproveitas o tempo com a família?

Tenho casa no Japão, onde vivo com a minha família: a minha mulher e os meus filhos. Têm sido dias ruidosos, porque as crianças não param de brincar, mas adoro viver assim , porque já não consigo viver sem eles. Isto também me tem ajudado a desligar, o que acaba por se benéfico. Se passas a vida a pensar numa coisa, acabas por começar a acusar alguma pressão extra. Estar com a família ajuda a relaxar-me e a descontrair.

Fonte: Red Bull KTM Ajo Motosport