Joan Mir conseguiu finalmente a sua primeira vitória. O piloto espanhol beneficiou também do mau resultado dos seus principais rivais para ficar mais um passo perto do título. Com Alex Rins a terminar em segundo, foi também a primeira vez que a Suzuki ocupou as duas primeiras posições em 32 anos; a última vez foi no GP da Alemanha (Hockenheim), quando a Suzuki ocupou todo o pódio, com Randy Mamola, Virginio Ferrari e Loris Reggiani.
A corrida foi realizada em condições diferentes de todas as sessões de treinos, com o sol a brilhar, temperaturas mais altas e com a pista totalmente seca.
Alex Rins assumiu a liderança da corrida na segunda volta e liderou durante as 14 seguintes; depois cometeu um erro, falhando uma passagem de caixa, Mir passou-o e liderou até à bandeira de xadrez, conquistando a sua primeira vitória. Rins conseguiu manter Pol Espargaró atrás, com o piloto a completar o pódio.
Joan Mir, para quem esta foi a 12.ª vitória da carreira, não vencia desde o GP da Malásia de 2017, ano em que conquistou o título de Moto3. Na sua única temporada de Moto2, em 2018, não chegou a vencer.
Oliveira na luta
Inicialmente Miguel Oliveira ainda os acompanhou, depois de chegar ao quarto lugar na segunda volta; depois seria ultrapassado por Takaaki Nakagami, e terminou em quinto.
«Estou feliz com esta corrida. Estávamos um pouco assustados porque não sabíamos o que iríamos encontrar, mas penso que a estratégia que delineámos no ‘warm-up’ nos deu dividendos na corrida», disse Miguel Oliveira. «Conseguimos ter um bom equilíbrio na moto e uma boa afinação, mas infelizmente não consegui manter o ritmo nas sete, oito voltas finais. Comecei a debater-me com muitas dificuldades em conseguir uma boa transferência de pesos para ‘carregar’ sobre o pneu dianteiro e traseiro. Depois de dois momentos em que quase caí decidi abrandar e trazer a moto de volta à boxe, conseguindo uma boa corrida e um decente lote de pontos para a equipa».
Oliveira usou a mesma combinação de pneus que Pol Espargaró, o pneu dianteiro de composto duro, com um médio na roda traseira. As Suzuki optaram por ambos os pneus de composto médio.
A vitória de Mir foi especialmente importante, porque os seus principais rivais terminaram longe da frente. Fabio Quartararo caiu logo no início da corrida (ao mesmo tempo que Aleix Espargaró); regressou à corrida e terminou em 14.º, conquistando apenas dois pontos.
Para cumprir a penalização por exceder o limite de motores, Maverick Viñales arrancou do pit lane, e beneficiou dos vários abandonos para terminar em 15.º.
Yamaha na mó de baixo
Foi um fim-de-semana negro para a Yamaha. Depois de toda a polémica das penalizações à marca, equipas e Maverick Viñales, e técnicos em confinamento, o melhor classificado foi Franco Morbidelli, em 11.º. Valentino Rossi não terminou a corrida, sendo forçado a abandonar depois do motor da sua M1 se calar com o que se suspeita ser um problema electrónico.
Joan Mir tem agora 37 pontos de vantagem sobre Alex Rins e Fabio Quartararo, que estão empatados; isso significa que basta ficar à frente destes na próxima corrida para se sagrar campeão.
Segunda vitória de Bezzecchi
Em Moto2, Marco Bezzecchi fez uma corrida isenta de erros, e liderou da segunda volta até vitória. O líder do campeonato, Sam Lowes, caiu quando estava em segundo, a meio da corrida, e foi forçado a abandonar. Foi Jorge Martin quem conseguiu a segunda posição, com Remy Gradner a fechar o pódio. Enea Bastianini conseguiu ganhar a batalha com Lorenzo Baldassarri pelo quarto lugar e voltou a ocupar o comando do campeonato.
Xavi Vierge, saído da pole position, não conseguiu acompanhar o ritmo do grupo da frente e terminou no nono lugar. Ao terminar em sexto, Luca Marini consegui manter-se na luta pelo campeonato.
Bastianini agora seis pontos de vantagem sobre Lowes; Marini está a 19 pontos do líder e Bezzecchi mantém-se também na contenda, embora a 29 pontos do comandante.
Líder desclassificado, primeira vitória de Fernandez
Depois de ter conseguido o seu primeiro pódio da carreira, Raul Fernandez alcançou a sua primeira vitória. O piloto espanhol liderou praticamente desde o início da corrida, e ficou isolado no comando após a queda de Celestino Vietti, quando estava segundo. A queda do italiano à sua frente fez Albert Arenas cortar gás, e Alonso Lopez não conseguiu evitar bater na moto do líder do campeonato. Lopez caiu, e Arenas teve que parar nas boxes para reparar o conjunto pousa-pés/travão/ apoio do escape. Voltou à corrida, apanhou o segundo grupo, mas com voltas de atraso. Apesar disso tentou entrar na luta, não respeitou as bandeiras azuis e acabou por levar a bandeira negra, sendo desclassificado.
Sérgio Garcia, o vencedor em Valência no ano passado, foi o segundo classificado, na frente de Ai Ogura, depois de ambos baterem Tony Arbolino na última volta.
Apesar de desclassificado da corrida, Albert Arenas mantém o comando do campeonato, mas com apenas três pontos de vantagem sobre Ai Ogura. Celestino Vietti, Tony Arbolino e Jaume Masia – que caiu na corrida depois de uma péssima qualificação – estão a 20, 23 e 24 pontos, respectivamente, do líder.
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