Francesco Bagnaia obteve hoje em Assen a sua segunda pole position da temporada. O líder do campeonato terá ao seu lado Marcel Schrotter e Luca Marini na primeira linha da grelha do GP da Holanda.
Depois de ter sido 15.º nos treinos livres, Miguel Oliveira qualificou em 17.º. Foi a mesma posição na grelha que alcançou no GP anterior.
As sessões de treinos livres de Moto2 foram bastante renhidas, com os 22 primeiros separados por menos de um segundo. Por isso esperava-se uma qualificação animada, mas os melhores tempos foram obtidos nos 10 primeiros minutos da sessão.
Logo à sua terceira volta, ao fim de seis minutos de qualificação, Pecco Bagnaia estebeleceu o tempo que lhe daria a pole position; pouco depois Marcel Schrotter e Luca Marina ocupavam as posições seguintes e nada mudou até ao final.
«Foi um dia produtivo», disse Bagnaia no final. «Conseguimos experimentar os dois compostos e no final, para amanhã, escolhi o mais duto porque consigo ser mais constante e ter um ritmo mais competitivo. Vai ser uma corrida longa e difícil, porque há muuitos pilotos dentro da mesa décima.»
Foi uma dia em grande para a Sky Racing Team VR46. Bagnaia na pole e Marini a conquistar pela primeira vez um lugar na primeira fila da grelha.
Dificuldades na qualificação
Também Miguel Oliveira fez o seu o seu melhor tempo na fase inicial da qualificação, na sua quarta volta lançada. Com os tempos tão aproximados, apesar de ter ficado a 0,620 s, vai arrancar de novo da sexta linha. Um dos objectivos para o fim-de-semana era melhorar a classificação, para evitar os riscos das recuperações no início de corrida, mas ainda não foi desta.
«A história da qualificação repete-se. Eu com esta moto conseguiria nos treinos livres ter andado muito próximo do topo, mas como se tem verificado nas últimas corridas, dos treinos livres para a qualificação, todos os nossos rivais melhoram meio segundo, seis décimas, e nós, apesar de também melhorarmos, estamos sempre com alguma diferença de tempo», explicou Miguel Oliveira.
«É uma situação complicada, já sabemos que para a corrida temos um bom ritmo, sabemos que em condições normais estamos lá, muito próximos do topo; o problema é sair já próximo das posições pelas quais queremos lutar e assim é complicado. Para mim, sentir que dou o meu máximo, sentir que a equipa também dá o seu máximo para experimentar coisas e o resultado não sair, deixa um pouco o sentimento de que nos falta algo e é esse algo que andamos à procura já há tantas corridas e ainda não conseguimos encontrar.
«A cada corrida aprendemos algo novo, há que pensar positivo e, bom, estando a um ponto do líder, isso faz-nos acreditar que amanhã faremos uma boa corrida de recuperação, como sempre, e tentaremos pontuar o máximo possível», concluiu o piloto português, que chegou a Assen a apenas um ponto de ditância da liderança do campeonato.
Moto3: nova pole de Martin
Jorge Martin teve que passar mais uma vez pelo centro médico. O piloto espanhol na segunda sessão de treinos livres deste GP da Holanda. Apesar de coxo por se ter magoado no pé direito, Martin discutiu a pole até ao final e bateu toda a gente. Foi a sua quinta pole position da temporada. Da primeira linha vão arrancar também Enea Bastianini e Nicolo Bulega, que foi a grande surpresa desta qualificação.
O líder do campeonato, Marco Bezzecchi, qualificou em oitavo e pela terceira vez esta temporada; sairá da terceira linha da grelha. Das vezes anteriores conseguiu chegar ao pódio.
«Primeiro que tudo, obrigado ao pessoal da Clinica Mobile que me ajudou muito com o problema do pé, que melhorou a cada volta. Trabalhámos bem com a equipa e a afinação da moto estava excelente: completámos muitas voltas e chegámos a um resultado que nos dá muitas esperanças para amanhã. Sabemos que o Canet e o Bastianini são fortes e têm um bom ritmo, por isso tentaremos ficar com eles», disse Martin.
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